Vítor Alves foi um dos primeiros. Era frequentador assíduo do Botequim, um bar onde pontificava Natália Correia, de quem eu era amiga, e no qual alguns dos ditos militares da liberdade se reuniam. Foi aí e pela mão da poetisa que o conheci, na informalidade da noite lisboeta de então.
Nessa época apenas três desses revolucionários suscitavam a minha curiosidade. Um vinha da Marinha e era muito inteligente. O outro foi Ministro dos Negócios Estrangeiros e considerado a cabeça pensadora do Movimento. Vítor Alves era o terceiro. Guardo dele a imagem de um homem que sabia ouvir e sabia comunicar. E, no trato, era uma pessoa sensível.
A sociedade portuguesa continua, neste fim de 2010 e princípio de 2011, a perder, em dose concentrada, alguns dos seus melhores. É pena!
HSC
3 comentários:
É deveras interessante o excerto da nossa dimensão pessoa que lastima a Ida, despertamos na nostalgia de uma saudade Só e sentida no desaparecimento dessa vida, com travo agridoce de cegueira inevitável em que o pensamento se entrega então em exclusividade a Ela, tendemos a equilibrar os pratos da balança com ternura atenuante do sem tempo já Era e a anestesia gerada é o sopro do murmúrio silenciado no respeito por um corpo materializado em comportamentos protocolados do nosso sentido de ética deontologia justiça e o nosso arrepio quente ou frio é a verdade o acordar da nossa também mortalidade...
Isabel Seixas
Pode crer Dra Helena, o país está a perder alguns dos seus melhores.
Cada um vai na sua vez, mas andam por cá tantos "estafermezinhos"... e nem o diabinho quer nada com eles!
Isabel BP
Cada época com seus valores, é da história universal, outros se lhes seguirão...!
M.O.
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