sexta-feira, 19 de junho de 2009

Os três pilares

Já todos sabemos que há um tripé que motiva os portugueses. O futebol, a política e a religião. Esta última tem perdido alguns filiados para organizações mais pequenas, mas quando chega a hora da verdade, até os ateus clamam por Deus.
Abstenho-me de abordar, hoje, duas das famílias que mencionei. Fico-me, apenas, pela do futebol e dentro dela pela do Benfica.
Porquê? Porque a bola continua não só a mover vontades, como a seduzir pessoas com curiculos profissionais invejáveis e que em nada precisam da projecção que um clube lhes poderá dar.
Neste caso, estou a falar de José Eduardo Moniz, que chegou a ponderar, com uma équipa de gente valorosa, candidatar-se à presidência do clube.
Contudo, em Portugal a democracia não consegue, nunca, funcionar plenamente porque aceita mal a oposição e não estimula o contraditório.
Assim, mal se soube da eventualidade, começaram os movimentos. Baixos. De ameaças. De jogo complicado.
Moniz considerou que não estavam criadas as condições democráticas indispensáveis à sua candidatura. Fez bem!
Mas é preciso não conhecer o homem que preside aos destinos da TVI, para se acreditar que ele terá desistido. Pelo contrário. Este tipo de dificldades só o estimula. Por isso, o mais certo é poder dizer-se, com propriedade, "até breve"!


H.S.C

3 comentários:

Anónimo disse...

Helena, não sei porquê, mas tenho pelo futebol uma reacção epidérmica qualquer. Aquilo dá-me voltas ao estômago! São uns maraus de primeira. É um mundo algo escabroso, cheio de vícios e jogadas de bastidores, de falcatruas contabilísticas, etc. Decididamente é coisa de que fujo, como Diabo da Cruz. E, todavia, é, quasi sempre, “pivot” de abertura de Telejornais! Singular país este! Curiosamente, Futebol e Cultura estão em campos diametralmente opostos. Já as novelas jogam bem com este “espectáculo”. Não é por acaso que determinadas revistas se referem com o mesmo desvelo aos heróis e heroínas de ambos. Cá por mim, se pudesse, aplicava um “penalty” ao futebol! E a terminar, deixo esta sibilina pergunta: porque será que até hoje no mundo do futebol se continua a recusar o visionamento de grandes penalidades pelas imagens da TV e se deixa ser o árbitro o único decisor? Quem ganha com isso? “Cheira-me” que uma tal “Senhora” que dá pelo nome de Corrupção…
P.Rufino

Anónimo disse...

Não sei se será um "até breve" do Moniz... A Helena sabe, sei que sabe, o preço daqueles minutos antes, durante e depois da conferência de imprensa. E, sinceramente, não estou nada a ver o Moniz sair de ramo, da vida profissional que abraçou desde tenra idade. Não, mais uma vez, pensou na TVI. Ou, vá lá, conjugou.

Cumprimentos,

Lura do Grilo disse...

Fiquei convencido, pela parte inicial do discurso, que ele ia avançar.