quinta-feira, 4 de junho de 2009

Trágico!

O aumento do consumo de álcool entre adolescentes portugueses devia preocupar profundamente instituições e famílias. Porque é responsabilidade de qualquer delas.
De acordo com os dados do inquérito escolar conduzido em trinta e cinco países europeus e cujos resultados são revelados pelo ESPAD 2007, a maior progressão do consumo de álcool entre 2003 e 2007 verifica-se em Portugal.
No mesmo estudo salienta-se que, numa noite, os jovens podem beber cinco ou mais bebidas, cuja preferência parece apontar para as cervejas e para os produtos destilados sob a forma de shots que são verdadeiras bombas alcoólicas.
Esta situação leva a que os especialistas alertem para as doenças daqui decorrentes, como as hemorragias digestivas e as cirroses hepáticas que hoje se verificam em jovens menores de 30 anos.
O consumo excessivo de álcool atinge, na actualidade, meio milhão de portugueses e representa quase 4% das mortes, o que leva a que Portugal se situe no presente com uma taxa de 5% nas doenças ligadas ao consumo de etílicos, taxa que é bastante superior à média mundial.
Fala-se muito de drogas e esquece-se imensas vezes aquela que, por estar ligada a hábitos sociais, acaba por ser ainda mais perigosa.
Para quando uma campanha que não esteja apenas associada à condução automóvel, mas sim a uma conduta que é moral e sanitariamente reprovável?
Devem ser os pais a dar o exemplo - o que muitas vezes não acontece - e as autoridades a prevenir e punir aqueles que prevariquem.
Ou também isto é intrusão de privacidade? Seria trágico se assim fosse!

H.S.C

2 comentários:

Anónimo disse...

Vi muitas “cenas” dessas em países civilizados por essa Europa fora. E aqui já se começa, de facto, a ver com frequência, o que é lamentável e preocupante. Tenho sorte, pois os dois “rebentos” (ou “infantes” para utilizar a linguagem carinhosa da Helena) não bem álcool. Mas, como lhes digo, nem tanto ao mar, nem tanto em terra. Bebam – digo-lhes – com a moderação e já agora, com o gosto paternos.
P. Rufino

Anónimo disse...

O problema é que acham todos (familias e governantes)que é normal, estão na idade das experiências! Então deixa-se andar, torna-se um habito beber uma imperial e depois outra e outra e quando se dá conta são alcoolicos! Tarde demais!
Concordo plenamente que deveriam ser feitas campanhas não só para o o alcool, mas também para os vários problemas dos nossos jovens, que se encontram numa epoca muito complicada de desemprego.