Num tempo muito ocupado, li-o durante uma semana com toda a atenção. Primeiro, a autora tem um domínio da língua evidente; depois a história é de uma grande riqueza emocional. Escrita umas vezes na primeira pessoa do singular, outras, na terceira pessoa, a história vai fluindo como se fizéssemos parte dela.
Percebe-se que ali está muito de autobiográfico, mas o olhar de quem escreve é o da serenidade, o de quem fez, há muito tempo, pazes com a vida. A mim, que presenciei alguns daqueles anos, tocou-me a ternura com que o passado e o presente são olhados.
Num período de pandemia e de uma certa forma de agressão verbal que caracterizou os últimos meses da sociedade portuguesa, a leitura desta vida passada ao papel, traz-nos alguma paz interior. Só isso bastaria para eu aconselhar a sua leitura . Mas a obra vai muito mais longe e aponta para que, cada um, antes de tudo o mais, se saiba perdoar a si próprio. A não perder!
HSC
3 comentários:
Registo a sugestão e vou procurar aqui na Livraria Portuguesa
Procurei e já o consegui encontrar. Agora vou lê-lo.
Sara
🌷
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