quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Parasitas



Não é muito frequente sair de um filme e não conseguir encontrar as palavras que possam definir as reações que o mesmo me provocou. Mas foi o que aconteceu, ontem, comigo, ao ver o filme sul coreano PARASITAS. 
Só o título me causou um certo arrepio, mas filho e neto insistiram que eu ia gostar e relembraram – me a obra do realizador que eu já vira. O argumento foi eficaz e assim lá fomos os três.
Trata-se de um filme longo – para os orientais o tempo demora mais – e que conta uma história feita de várias histórias em que o imprevisto está sempre à flor da pele. Por vezes, calculem a ousadia, senti-me num filme de Woody Allen ou até num de Jacques Tati, tal a comicidade subtil de certas cenas. Para mim é um filme magnífico. Mas não sei se toda a gente saberá apreciar aquele género de cinema.
Vim para casa a recordar com o meu filho alguns pormenores da película cuja "marca" poderia ter a assinatura de Allen ou de Tati. Ambos rimos, de gosto, com elas. Depois, ao deitar-me, percebi que o ser humano, nasça na Coreia do Sul ou em Portugal, tem sempre uma parcela, por mínima que seja, de um ADN comum. E isso reconfortou-me!

HSC

6 comentários:

Pedro Coimbra disse...

Vou procurar ver por aqui.
Eu que tenho uma relação muito especial com o Oriente.
E que vou aprendendo essa noção de tempo dos orientais que tanto nos tranquiliza.

Anónimo disse...

É, de facto um filme a não perder.


Alvaro

Anónimo disse...

Dra Helena

Gostei muito desta sua expressão de que todos teremos um mínimo de ADN comum. Acho uma ideia fabulosa que explicaria, talvez, muita coisa, se meditássemos nela.

Teresa

Belinha Fernandes disse...

Para mim, um dos melhores filmes dos últimos tempos. Espero que possa ser redescoberto nos Oscars, que, para muita gente continua a ser o maior cartaz de cinema. Sou, no entanto, suspeita, pois gostei bastante da maioria dos filmes deste realizador.

Anónimo disse...

Dra Helena

Os filmes deste realizador ão de nível excepcional. E tem razão, sim, quando refere que há em todos nós esse tal mínimo de ADN comum. É ele que faz de nós seres humanos!

Nuno Azevedo

Anónimo disse...

Fui ver hoje.
É tal como diz, difícil se falar sobre ele. Mas belíssimo!


Amadeo