domingo, 1 de setembro de 2019

Uma injusta sangria

“...O peso do que nos é imposto asfixia a nossa liberdade. Os portugueses entregam em média quase 40% do seu rendimento ao Estado, o que significa que muitos entregam mais de metade sem se aperceberem.
Pense, por exemplo, na utilização de um carro comprado a crédito. Paga o imposto automóvel e o IVA que incide sobre o valor do carro e sobre o valor do imposto automóvel pago. Paga impostos sobre os combustíveis mais o IVA que incide sobre o valor do combustível e sobre o valor do imposto pago. Paga imposto de circulação. Paga imposto de selo sobre o contrato de financiamento. Para além disso, é obrigado a fazer um seguro que não é barato e sobre o qual tem de pagar imposto de selo e ainda 2 taxas (para o INEM e para o Fundo de Garantia Automóvel).
Mas não é só isto, pois ainda paga IRS sobre o rendimento que usou para comprar o carro e para liquidar os 9 “impostos” que já pagou alegremente. No total, paga 10 “impostos” sobre o rendimento que vai usar para a utilização de um bem como um automóvel, para além de outros custos como portagens ou estacionamento...”

               Ricardo Pinheiro Alves no Observador

Este exemplo do que se está a pagar em impostos no nosso país demonstra bem o estado a que chegámos em matéria de impostos invisíveis. O pior ‘e que os visíveis já são altíssimos e visam sobretudo a classe média e o trabalho. 
E é por isso que perdemos cada vez mais médicos, enfermeiros, engenheiros e até outras profissões ditas administrativas. É uma sangria de gente formada aqui e que vai desenvolver a sua actividade em países que nada pagaram por essa formação. Chama-se a isto uma sangria profissional... Não é justo.

HSC

7 comentários:

Anónimo disse...

Bom Dia.
Não Possuo "carro" automóvel, e assim nem existo... . Quão triste é confirmar o quanto a "lata/carro" é superior...
Bem haja quem Taxa a lata veículo automóvel.
Helena/Cascais

Anónimo disse...

E não há um único jornalista que seja capaz de perguntar ao PM, que se queixa de receber menos salário hoje, como PM, do que recebia quando era Ministro (descobriu a pólvora…), uma coisa muito simples:

CUSTO DE VIDA EM PORTUGAL de 2000 a 2019.

Veremos o que os Portugueses farão no dia 6 de Outubro… Sou pessimista há muito tempo. Sei que todos os defeitos de António Costa serão ainda mais visíveis, se forem atrás do seu «filme»

Helena Sacadura Cabral disse...

Cara Helena
Esquece que quem vive no interior, sem hospital, CTT e escolas a Km de dist^ncia também tem direito a viver. O carro hoje é um instrumento de trabalho para muita gente.
Mas pode aplicar o mesmo raciocínio a muitas outras coisas, desde a roupa até a bicicletas...
Deve ter a sorte de se poder deslocar a pé para tudo o que carece, é uma felizarda.
Eu para ir ao hospital, não poderia fazer-lo sem automóvel - bem pequeno é certo - e até tenho um a alguns quilómetros de casa.

Anónimo disse...

Basta ver a correria à gasolina 3 ou 4 dias antes da anunciada greve,para ver a "dependência". E não acredito que era para irem todos trabalhar...

Anónimo disse...

Eu até compreendo o seu raciocínio, mas votamos em quem???

Anónimo disse...

E essas pessoas que não têm carro, não andam de transportes automóveis ou de comboios?
Mas o seu post visava e bem a sangria de gente que se formou aqui e vai para fora trabalhar. Porquê? Porque a maioria ganha melhor e paga menos impostos...

Anónimo disse...

E a isto some-se o dístico de residente a pagar à EMEL para poder estacionar à porta da casa que é sua e que lhe consome mais uma série de impostos, taxas e taxinhas...

Ana Henriques