Mas nenhum político além de Bagão Félix se indigna
ou se interroga sobre o “negócio” Montepio Geral / Santa Casa da Misericórdia?
O Governo não pia, nem lhe convém piar. O
Presidente da República está distraído. A Igreja, surpreendentemente, parece
alheia ao assunto. A comunicação social não vê na questão tema que cative audiências
e apenas se salva, honrosamente, António Costa do jornal ECO.
Estamos todos tão contentes que nos não
importamos de desviar a pequena minudência de 200 milhões de euros, para fins
diferentes daqueles que deveriam ser os seus usando, com
despudor, a insólita via da Santa Casa e o anuncio da criação de um milagroso
“banco social” destinado a salvar um banco?
Pegar em 200 milhões de euros para entrar
no capital de uma instituição cujas condições são tristemente conhecidas, viola
todos os princípios em que assenta a Misericórdia, nomeadamente:
1. a proporcionalidade dos fins
estatutários,
2. a probidade institucional,
3. o equilíbrio estrutural de
balanço. É que os 200 milhões são cerca de 1/3 dos seus “capitais próprios”.
4. a matriz cristã que a deve enformar
5. o respeito da opção
preferencial de apoio aos mais desprotegidos
A factura
há-de vir mais tarde, quando já ninguém se lembrar. E surgirá com a agravante - quanto aos
pagadores – de juntar aos contribuintes, os beneficiários da acção social da Santa
Casa.
Difícil de perceber? Nada. É que nessa altura, como diz e bem Bagão Félix, de santa ela já terá pouco e de casa, quem sabe, mais parecerá... uma loja!
Difícil de perceber? Nada. É que nessa altura, como diz e bem Bagão Félix, de santa ela já terá pouco e de casa, quem sabe, mais parecerá... uma loja!
À bon entendeur,
salut, como dizem os franceses.
HSC
3 comentários:
Depois da escandaleira à socapa ( também ) dos benefícios milagrosos votados por QUASE todos os partidos em seu próprio proveito, já ninguém tem mão nestes desvarios.
Melhores cumprimentos.
Meu caro Joáo Menéres
O meu amigo a falar e eu a escrever. Transmissão de pensamento!
Como diria a minha avó se fosse viva" muito há-de ver quem não morrer" . Mas vai ver muita coisa torta, ai se vai.
Anda tudo doido.
Maria Isabel
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