“...Pensar que o
estudo da Bíblia e as suas traduções só merecem confiança, se forem obra de
clérigos e de editoras católicas submetidos ao Imprimatur episcopal, é supor
que a Bíblia é propriedade privada de empresas confessionais. Que os
responsáveis das comunidades católicas zelem pela formação bíblica dos seus
membros e pelas expressões da fé cristã é o mínimo que se lhes pode pedir.
Infelizmente, nem sempre cumprem esta missão.
Ninguém tem o
monopólio da Bíblia e só há vantagens em que seja reconhecida e trabalhada como
o Livro dos livros, a expressão das raízes judeo-cristãs da civilização
ocidental. Há muito a fazer para se tornar parte activa da cultura portuguesa,
nas suas diversas expressões...”
(Excerto do artigo de Frei Bento
Domingues no jornal Público)
Decerto a maioria dos leitores deste blog
terá visto a tradução da Bíblia de Francisco Lourenço, que inundou as nossas
livraria no mês de Março. Este projecto que a Quetzal assumiu, não se limita a uma nova tradução do Novo
Testamento, do qual já existem várias, de diversos estilos, mas à tradução de
toda a Bíblia Grega, judaica e cristã.
Neste tempo de Quaresma não é despiciendo
lembrar o que representou esta ciclópica tarefa, levada a cabo por um académico
a quem não são conhecidas quaisquer filiações religiosas. É um bom tema de meditação
num país que tem um conceito muito restrito do que possa ser o pensamento
universal.
HSC
3 comentários:
Frei Bento e Anselmo Borges (que foi mestre do meu pai no curso de Filosofia em Coimbra) são leituras obrigatórias.
E apresentam-nos uma visão da Igreja que acompanho inteiramente.
🌷
Hand on hand.
https://youtu.be/_OvUTd-7U9w
A
Enviar um comentário