Sairá para as livrarias no próximo dia 4 de Outubro, o meu primeiro livro de Memórias. O sub título de "uma vida consentida" tem um duplo significado. Foi a vida que eu consenti e foi, também, creio hoje, uma vida com sentido.
Explico na introdução o que me levou a escrever sobre mim e sobre uma parte importante da minha existência. É que, afinal, foi ela que permitiu que eu me transformasse na mulher que sou hoje e que, com alguma ousadia, confesso, está bem próxima daquela que eu gostaria de ser.
Foram estes anos que determinaram que se operasse em mim uma verdadeira revolução relativamente à mulher que fui há três décadas. São memórias muito vivas das tristezas e alegrias por que passei e das razões que me fizeram escolher o meu caminho, depois de um divorcio que, tendo-me deixado devastada, acabou por ser determinante para a minha percepção daquilo que eu não queria jamais ser.
Quando o Miguel morreu pensei muito na catarse que então poderia ter sido escreve-lo. Não o fiz, porque não era essa a minha intenção. Quatro anos passados sobre o seu desaparecimento e com o meu outro filho já fora da política, senti que talvez fosse chegada a altura de dar a conhecer aos que me são próximos - filho, netos irmãos e amigos - o meu olhar, o meu sentir sobre o valor que atribuo aqueles anos. É que, muito possivelmente, qualquer deles ao ver-me agora, dificilmente admitiria a mudança radical pela qual passei.
Se este livro permitir que uma pessoa compreenda e acredite que sobre os destroços de uma vida que apenas se consentiu, se pode construir uma outra, essa sim, consentida e com sentido, eu já me sinto gratificada.
Não sei se escreverei um outro sobre o que vivi quando já era dona de mim própria. Acredito que talvez venha a faze-lo, porque os anos que se seguiram tiveram momentos de uma enorme e inesperada felicidade. Será, no fundo, contar a história de uma mulher cuja verdadeira vida se descobre e inicia pelos quarenta anos. E essa história é, felizmente, completamente diferente da que acabo de escrever. Na forma e no conteúdo. Enfim, na vida vivida
É que, até aquela idade, limitei-me a aprender a viver e a escolher, com algum sacrifício próprio, o que me parecia ser melhor para aqueles que me rodeavam. A partir dela o processo altera-se, e eu escolho não só ditar a minha própria vida, como procurar, acima de tudo, ser feliz. Não tenho de que me queixar, porque os anos que, desde então vivi, superaram em muito os anteriores e, sobretudo os que, por via deles, me poderiam estar naturalmente destinados...
HSC
Nota: o livro já se encontra em pré venda:
Na Wook em
https://www.wook.pt//livro/memorias-de-uma-vida-consentida-helena-sacadura-cabral/18686666.
Na Bertrand em
http://www.bertrand.pt/restricts=8066facetcode=temas&palavra=Memorias%20de%20uma%vida%20consentida
Na Fnac em
http;//www.fnac.pt//Memorias-De-Uma-Vida-Consentida-Helena-Sacadura-Cabral//a9888589
13 comentários:
Drª. Helena vou comprar e ler com todo o interesse.
Se lhe for possível, pela m/parte gostaria de ler
a segunda parte da sua vida.
Gosto muito da sua foto na capa do livro.
Vou colocar na m/página de facebook a capa do livfo
e dizer que já está à venda e no meu blogue.
Bom domingo.
Os meus cumprimentos.
Irene Alves
A semente nasceu flor finalmente, no seu jardim.
Nasceu uma flor no jardim do Outono
Irene
Nao se esqueça que só vai para as livrarias a 4/10 e está em pré venda naqueles locais mas só nos sites respectivos.
Querida amiga
Feliz por si.
Será que todos os outros livros fizeram o "caminho das pedras" para chegar aqui?
Intuição minha?
O nosso abraço de Outono...
Muitas felicidades para mais uma obra.um obrigada por partilhar com orgulho uma parte da sua história. Vou aguardar até outubro, talvez me irei surpreender, espero.
Abraços e boa semana
Maria Isabel
Dia 4 ainda estarei em Boston e não poderei pedi-lo online porque não tenho quem mo receba na minha morada. Espero que não se esgote. Vai ser a primeira vez que compro um livro seu, mas desta vez estou mesmo curiosa!
Sucesso para o livro é que sobre um para mim!
Dalma
Vou querer muito ler, de certeza!
Um beijinho, Helena.
(simplesmente Maria)
Dr.ª Helena! Como eu a compreendo. Vou ler. Pelo que descreve deve ser interessante, principalmente, como exemplo inspirador de mudança de vida. Todas devíamos ter a coragem de nos libertarmos e sermos nós próprias. Consegui dar alguns passos nesse sentido, muito mais pequenos que os seus, certamente. Mas sinto-me bem com o que consegui construir. Obrigada.
Bj
Maria M
Querida Helena,
Mais um livro, mais um sucesso, mais a hipótese de a conhecer ainda melhor. E cada vez me convenço mais da sua imortalidade consentida.
Grande abraço
Helena
Mais um com que vou deliciar-me, pelo que conta deve ser um livro repleto de histórias que nos fazem pensar.
Gostei da capa e da cor, não fosse o Outono a sua estação preferida.
Abraço
Carla
A felicidade faz-nos viver mais anos?
E o oposto mata-nos lentamente, o que poderá representar menos anos?
Boa sorte. Agora fiquei a desejar que escreva «o outro», o pós ser dona de si própria :))
Dª Helena, sou mais uma das muitas pessoas que vai ler com atenção o seu livro. E certamente muito prazer. A sua escrita inspira e faz-nos reflectir sobre muitas coisas tão comuns a todas as pessoas.
Gosto do seu gosto em partilhar partes da sua vida, partes da sua pessoa, da sua identidade e agradeço-lhe por isso. Com essa partilha dá-no tanto. Mas acredito que tenha essa noção.
Admiro-a como mulher, como escritora e, perante tudo o que vou lendo e que é dito por si relativamente aos seus filhos, admiro-a como mãe.
Felicito-a por tudo o que admiro em si e volto a agradecer o que (nos) dá de si.
Cumprimentos.
Isabel Marques
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