"A propósito de
Congressos, sejam eles de que partidos forem. Ou de comícios. Qual a razão de
os políticos, com apenas algumas excepções, estarem aparentemente tão zangados
quando falam? E de discursarem aos gritos? Estão zangados contigo? Comigo? Com
os apoiantes? Com os abstencionistas? Com os adversários? É que eu, pela minha
parte, não lhes devo nada. Faltava mais ter ainda de os aturar aos
gritos."
Rui Rocha, in
Delito de Opinião
Há muito tempo que penso o
mesmo. Direi mesmo mais: esta gritaria afasta do televisor aqueles que, não
sendo filiados nos partidos em Congresso podem, todavia, estar interessados em
ouvir o que por lá se diz. Ora a agressividade do tom de voz daqueles que usam
o microfone é tal, que só mesmo os filiados se podem sentir atraídos pelo
discurso.
Eu sei que o caso não é
apenas nacional. E que tem origens bem antigas. Mas, por experiência, sou levada a pensar que nos países latinos a situação
se agrava, até porque a linguagem corporal acaba também por acompanhar o
exercício. E o famoso dedo indicador não deixa em cada um deles de nos indicar
o caminho de saída...seja ela qual for!
HSC
7 comentários:
Felizmente não vou a congressos de espécie nenhuma nem tenho de aturar comícios políticos. Mas noto que a agressividade, o to de voz, a respiração ofegante e a dureza com que os nossos repórteres transmitem as notícias - sejam elas sobre o que forem - contrasta muito com os de outras estações estrangeiras, onde a suavidade e a calma imperam.
Não aguento ouvir comícios pela TV e os telejornais só esporadicamente......
"até porque a linguagem corporal acaba também por acompanhar o exercício. E o famoso dedo indicador não deixa em cada um deles de nos indicar o caminho de saída".
Se este fosse um blogue onde nos é permitido deixar uma gargalhada virtual, aquele ahahah, acredite que o faria. Sendo assim resta-me dizer que não poderia estar mais de acordo. É que a gritaria afasta mesmo qualquer um do televisor. Não se percebe a intenção. Nós até possuímos um botão no televisor que nos permite aumentar o som se assim o entendermos. Aquilo também grita e tudo. A sorte é que também permite tirar o som. Oh oh!
Os ciganos/as quando falam é sempre aos berros. O mesmo acontece com as peixeiras. Ah, mas os políticos também!
O estilo é comum a todos os partidos. Será que assim terão maiores êxitos?
Aguardo que os próximos políticos experimentem outro tipo de falar com os votantes...
Ahahah!! Saída, sim, e, de emergência!!...
Bem observado.
Bjo
Também não gosto de ver os políticos aos gritos.
Que não se limitam aos comícios.
No parlamento é a mesma coisa.
E até a dar entrevistas não falam naturalmente.
Nem mais! Uma grande parvoíce que urge mudar.
Nunca achei um bom exemplo para as gerações esse tom agressivo de se expressarem.Cheguei a pensar que era só eu que achava isso.Muito,muito contente por descobrir que há quem pense como eu.
Sara
Inteiramente de acordo e bem pior são os debates parlamentares e as comissões de inquérito. Quero saber algo mais e por vezes penso que não tarda voa uma cadeira ou telefone e desisto!
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