domingo, 8 de junho de 2014

O que se diz por cá (5)


Há dois dias, Seguro, na Sic Notícias foi confrontado com alguns dos apoios que António Costa reúne à sua volta, nomeadamente o de Mário Soares e José Sócrates. O líder socialista desdramatizou, mas aproveitou para atirar logo de seguida: "Aliás, enfim... José Sócrates teve António Costa como número dois da sua direcção durante todo o tempo que foi líder do PS. É normal que essa solidariedade se mantenha."
Dentro da direcção o recente aviso de Seguro - "habituem-se porque isto mudou" – é tido como o inaugurar de uma nova fase. O próprio secretário-geral na entrevista televisiva de quarta-feira à noite, não deixou dúvidas quando afirmou: "anulei-me durante três anos para manter a paz no PS, agora vou mostrar as minhas convicções."
No almoço na cervejaria Trindade, Seguro e Sócrates trocaram um frio e rápido aperto de mão. Horas depois, o antecessor de António José Seguro nao escondia o encontro que teve logo de seguida com Mário Soares, numa visita à fundação do histórico socialista que não esteve na campanha, tendo recusado um convite feito por telefone pelo secretário-geral.
A presença de José Sócrates ate e tida como um dos factores que alguns membros da direcção socialista acreditam ter tido influência negativa nos resultados eleitorais nas europeias. O ex-líder e ex-primeiro-ministro até começou por tirar peso, logo na noite eleitoral, ao escasso resultado socialista ao afirmar que a liderança não devia ser posta em causa por ter tido uma vitória.
Foi sol que brilhou pouco, visto que dias depois, ele manifestaria o seu apoio a António Costa.
Julgo que ainda será cedo para Socrates voltar à actividade na cena política. É que o facto de termos um mau governo, não melhora o anterior. Em política, a gestão das expectativas é um patamar essencial ao seu sucesso…
HSC

2 comentários:

TERESA PERALTA disse...

De todas as palavras proferidas por A. J. Seguro não posso deixar de dar relevo aquelas onde refere: "anulei-me durante três anos para manter a paz no PS". Mesmo que não tenha sido para manter a paz, foi, com certeza, para não despoletar a guerra... Seguro sabia que os velhos dinossauros, ao não controlarem o Regente, mais dia menos dia, e, “como quem não quer a coisa”, o tentariam atirar aos tubarões...
Para mim, "mal por mal, venha o diabo e escolha"...

Querida Helena, muito obrigada por estas partilhas, preciosas, porque o tempo é pouco e, aqui, consigo recolher rapidamente a informação sobre "o que se diz por cá". Abraços grandes.

Anónimo disse...

Ah pois é!...
... A-tal-Paz-Podre.
Mais uma lição para Seguro.
Os podres da política.
Segura-te Seguro!