Durante muito tempo acreditei que os ministros existiam para definir políticas na sua área de responsabilidade e que haviam sido escolhidos para a função pela sua competência. Estava errada.
Hoje um ministro é, sobretudo, um negociador sindical. Essa transformou-se na sua principal tarefa, o que lhe restringe para metade, o tempo disponível para pensar, definir, discutir e pôr em prática.
Hoje um ministro é, sobretudo, um negociador sindical. Essa transformou-se na sua principal tarefa, o que lhe restringe para metade, o tempo disponível para pensar, definir, discutir e pôr em prática.
Então para que serve um ministro a meio gás, receoso e em permanente navegação à vista, avançando dois passos para depois recuar um? Serve para empatar a vida de todos nós!
HSC
8 comentários:
Maria (publicamente anónima)
Olá! Drª Helena,
Esta sua observação é muito pertinente. Como sempre, aliás nem outra coisa era de esperar da Senhora. Concordo plenamente com tudo o que escreve.
A ideia que passa é que cada vez mais, e pelo que vemos na TV, os senhores ministros estão dedicados a outras tarefas e até a atividades menos convencionais, como essa que fala da “negociação sindical” e que, penso eu, serão menos uteis ao país e à governação, mas talvez mais uteis à vida partidária.
O pior é que, um senhor ministro fica muito caro ao erário público, certamente, muito mais do que um sindicalista…digo eu que não sou economista…
Desculpe o meu comentário mas, realmente, não posso estar mais de acordo.
Maria M
Estão cheios de medo sempre.
Por isso, não saímos da cepa torta !
Melhores cumprimentos.
Sei que não é muito "correcto" dizer mas eu acho mesmo que o país funciona melhor quando temos governos só em gestão. Ao menos, não nos chateiam com decisões absurdas e negociações idiotas...
Luísa Moreira
Imaginemos o que seria, se os trabalhadores de todas as PMEs privadas que chegaram à bancarrota tivessem exigido a presença dos Senhores Ministros?!... As 24 horas do dia não chegavam!..
Abraços para si
“Hoje um ministro é, sobretudo, um negociador sindical. Essa transformou-se na sua principal tarefa, o que lhe restringe para metade, o tempo disponível para pensar, definir, discutir e pôr em prática.”
Confesso que não estou muito convencido disso. Em primeiro lugar porque, sejamos justos, não é essa a sua principal tarefa, mas apenas “uma delas” – e somente da parte de um ou outro Ministro. Depois, aqueles Ministros que entendem, por razões várias, que devem negociar com os sindicatos, directamente, fazem-no, não sejamos ingénuos, por razões meramente políticas, propagandísticas, com vista a mostrar “boa vontade” da parte da Tutela. Por outro lado, raramente essas Tutelas abdicam daquilo que levam para cima da mesa de negociações. Mas, provavelmente, o mesmo, neste último caso, se deverá passar com os representantes sindicais (penso eu). São exercícios desnecessários, de ambas as partes, na medida em que, mais das vezes da parte da Tutela, não haverá recuos possíveis. Resumindo, o que me parece é que, com o acentuar e agravar da crise, a atingir níveis muito graves e dolorosos do ponto de vista socio-económico (que merece a maior das indiferenças deste governo anti-social), o governo, que começa a apresentar claros sinais de fraqueza política (para além de outros, como uma indiscutível incapacidade de resolver a situação gravíssima em que o País se encontra), deve achar que estes actos propagandísticos, de “bons rapazes”, cheios de intrínseca vontade em negociar com os sindicatos, consegue enganar o pagode, demonstrando boa vontade e um coração de ouro. Só lamento é que muitos desses sindicatos se prestem a estas cenas. Mas, cada um sabe de si.
Isto, convém recordar, não é um exercício inventado por estes “rapazes governamentais”. Já antes se praticava, só que, provavelmente, sem esta frequência.
O que nos esperará a seguir, em 2015? Chá e torradas, numa conversa informal, para depois se obter “nicles” ou próximo disso, embora com comunicados mais adocicados, de ambas as partes? Já – quase - nada me admira da nossa classe política.
P.Rufino
Meu caro Rufino
Acaba por me dar razão. Vão para negociações, perdem tempo e ninguém sai da sua.
Bom dia,
de ambas as partes, o que as move são apenas razões políticas, cada uma representa o seu papel.
O ideal seria que os políticos ouvissem mais as pessoas e estivessem mais próximos delas. E isso poderia começar por cada região ser honesta e eticamente representada por um político local, eleito pelos cidadãos que vivem e trabalham naquela região.
No caso do concelho onde vivo, os candidatos à AR não têm nada a ver connosco. Lá aparecem nos panfletos, sorridentes, mas nunca os vimos "mais gordos" a não ser na TV e, ao vivo, apenas na altura das eleições, num comício pontual, mudos (afinal, o que sabem eles da região lhes dará acesso e permanência no "poleiro"?!) e sorridentes, isto se tivermos curiosidade em lhes pôr "os olhos em cima" ...
Cumprimentos,
Cláudia
Realmente o Sr. Ministro, que já não é o "meu" ministro, agiu exactamente como os pais que dizem um NÃO as filhos e que logo a seguir ignoram que esse NÃO não foi cumprido, ou então, para não se confrontarem com a rebeldia dos mesmos, logo dizem SIM!
Eu recuso-me a dizer que é "só neste país" porque vou sabendo um pouco do que se passa noutros....Ontem o El País trazia um pequeno artigo (p.56 ) pela jornalista Rosa Moreno em que esta afirmava que em 35 anos a Espanha ía na sua 7ª reforma do ensino!! Mas será que nos ganham?
"Off" post. Como tenho estado fora de Portugal e o "roaming" é caro só li em diagonal as críticas que me foram feitas, que aliás já esperava depois do comentário que fiz!. De regresso a Portugal e passada que me foi a fúria relativamente ao JM dei por mim a divertir-me com a MJM que me chama de Dalma - mistério:))))!
Às vezes este seu blog fica muito divertido!
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