quinta-feira, 5 de julho de 2012

Será?...


Afinal a política precede o saber, se é que podemos qualificar de saber, o que se consegue por um diploma qualquer. Mas como sou do tempo em que os diplomas representavam, pelo menos, cinco anos de árduo trabalho, prefiro pensar que talvez.
Assim, no mundo ocidental civilizado, creio que a política vem a seguir a provas prestadas, nomeadamente até no meio académico. E são inúmeros os políticos conhecidos que andaram em Oxford, Cambridge ou Eton.
Em Portugal, por estranho que pareça, é o inverso. O anterior PM inaugurou a escola do "after". Depois de várias trapalhadas ao nível do currículo académico, sai de funções e vai estudar para a Sorbonne.
Agora o after volta a aparecer noutro ministro e também depois de outras não menos trapalhadas curriculares. Pasmo e não sei que pensar. 
Será azar? Será sina? Será engano? Será verdade? Será que ele depois vai estudar?Será que sou mesmo doutorada? 

HSC

28 comentários:

Maria Filomena disse...

Cara senhora,
como já dizia Rui Barbosa
(o Águia de Haia):
Haverá de chegar um dia em que teremos vergonha de sermos honestos!!!

Eu também,para cursar Administração passei 4 anos anos pelos bancos da Universidade e depois para cursar Direito foram mais 4 anos pela Faculdade ...e estes agora em um ano fazem o que deveria ter sido feito em 3 anos.....

Há pessoas mais "inteligentes" do que outras.....só isso justifica ahahahahah!!!!

abraços de MF

Paulo Abreu e Lima disse...

Não tenho nada contra a "escola da vida", nem tomo por melhor quem passou pela Academia, mas não tolero quem não prestou provas e, atalhando caminho, só pugnou por ostentar um título figurativo.

Há um qualquer prenúncio de estocada final neste estranho ensino privado superior...

Anónimo disse...

'Será que sou mesmo doutorada?' - gostei!!

Paula Rodrigues disse...

Subscrevo a sua opinião!
Aliás, estou a pensar que vi quase todos os episódios da série Anatomia de Grey - será que já sou cirurgiã?!!
Para onde nos leva tantos malabarismos?...Onde é que fica a credibilidade?
A sorte é que os bisturis não querem nada comigo!

Unknown disse...

Infelizmente é destes "exemplos" edificantes que se constrói a imagem de "chico-espertismo" que temos lá fora. Para dentro de portas, fica o grande incentivo aos jovens que gastam parte da sua primavera da vida a tentar tirar boas notas num curso superior, enquanto vêem estes "patos bravos" a queimar todas as etapas fraudulentamente e a chamarem-lhes silenciosamente a todos de parvos. Já deve ter partido para Paris um pedido de reserva de um "chambre" para servir de apoio ao novo aluno de filosofia no próximo ano lectivo. Pobre país, como podes singrar com gente desta ao leme? Todas as crises estão verdadeiramente ancoradas nesta: a de falta de ética, honestidade, probidade, carácter, honradez. Andamos há demasiado tempo a chafurdar num lamaçal que se adensa a cada passo. As perspectivas são de lá mergulharmos até ao pescoço. Quem nos salva?

Blondewithaphd disse...

Penso o mesmo: será que sou mesmo doutorada? Respondo que sou mesmo burra!

sandrine disse...

- "Será?"
- " Olhe que não, " camarada" Helena, olhe que não! "
Está tudo no lusco-fusco... Se há a geração rasca, também existe a geração "ah e tal pois é". O PM after andou, outros ficaram. Uma colecção de cromos! Desde que os P&M's não se misturem com os M&m's(se se misturarem o pior é azia ) ...sina? azar? engano? ... Perguntamos aos senhores da bola de cristal!!!!!

Nada de PasMar que estão cá para salvar, salvo seja...

Talvez seja um futuro livro ( desconheço a categoria ). " uma aventura em Paris"

Beijos e abraços

Carochinha disse...

É triste e medonho que o nosso futuro esteja nas mãos de homens como este(s)!

António Pedro Pereira disse...

Caríssima Helena:
Nós temos uma grande propensão para bater recordes no Guinness Book.
Ainda ninguém se lembrou de apresentar a candidatura: «O país com o maior número de políticos com cursos de aviário, feitos em universidades de vão de escada.»
Sócrates, Armando Vara, António José Seguro, Miguel Relvas, Pedro Passos Coelho... e quantos mais ainda andarão escondidos? Presumo que muuuuuuitos mais.
Sinal dos tempos, de uns tempos pouco promissores, há-de convir-se.

Deixo-lhe (deixo-vos) um sketch delicioso:
Doutor Instantâneo - http://youtu.be/N4zBQuN_bEs

Carlos Fonseca disse...

Senhora Doutora,

Sem prejuízo de eu achar que a história da licenciatura do anterior primeiro-ministro, é lamentável e inaceitável, não pode servir de alibi para o escândalo que constitui a "licenciatura" do sr. Relvas.

Além de que, apesar de tudo, Sócrates tinha feito um bacharelato em Engenharia numa Escola Superior pública.

De qualquer modo, mesmo não sendo iguais, nem devendo Sócrates servir de atenuante para o deficiente carácter de Relvas, qualquer das situações devia encher de vergonha os seus protagonistas.

Os meus cumprimentos.

Anónimo disse...

Doutorada? Não! Acha? Só depois dos árduos debates no parlamento. Pra quem não gosta de política... não acredito que algum dia venha a ser doutorada!
;)
Nem eu, já ando na faculdade há 4 anos, se tivesse passado pelo parlamento antes já estava formada há muito.

Silenciosamente ouvindo... disse...

Querem mesmo ver que a Drª. Helena
Sacadura Cabral não é doutorada?!!!
É mesmo uma vergonha...e depois
como pode a mesma pessoa no cargo
de Ministro vir falar de ética?
Também considero que as Universidades
onde estes casos se passaram(e quantos mais haverá?!!!) ficam desa-
creditadas, e deviam pensar que isso
não é a função de quem as dirige...
Enfim, falta de vergonha na cara,
em português corrente...
Beijinhos e bom fim de semana.
Irene Alves

Manuel Tomaz disse...

Tenho "pena" do Passos Coelho, pois parece-me ter mais vergonha que êste Relvas...

Anónimo disse...

Peco desculpa , tb mereco um doutoramento Honoris Causa em Chico-espertismo Negativo.
Fogem-se-me os dedos e o tino pelo teclado fora, eh mto facil clicar .
Vou continuar a ler o fio de prumo que aprecio mas prometo que vou ficar calada.
Lena Lara

Anónimo disse...

Querida Amiga Helena
Há já alguns anos que começaram a surgir os "licencidos em vão", pois não são conhecidos nem comprováveis os respectivos percursos académicos. Trata-se de uma doença nacional, relativamente recente, onde se começou a pensar que para se ser membro do Governo, até mesmo deputado, se tem de ter uma licenciatura. Já no século XIX eram todos bacharéis... Agora, tempo em que tantos se acham "europeus", talvez não saibam que figuras políticas importantes da Europa nunca frequentaram universidades. Um dos exemplos do nosso tempo é Jacques Delors. Ainda não surgiu outro dirigente recente da União Europeia com a sua estatura intelectual, ética e política e, ao que consta, nunca se preocupou por não ser licenciado. Essa ambição de serem "drs", infelizmente, só neste cantinho europeu e seus descendentes... Esta mania de ter um apêndice antes do nome próprio, sem ser título nobiliárquico nem nome próprio, só neste nosso País e nalguns dos seus "descendentes". A sabedoria e a autoridade moral decorrem de algo que não é exclusivo dos cursos universitários e do saber livresco. Procurem falar com gente do mundo do trabalho, por vezes quase analfabetos, mas com uma vida de luta pela sobrevivência com dignidade e seriedade e descobrirão que são mais sabedores, sensatos e justos do que muitos dos doutores ou licenciados à pressão...
A Helena felizmente é um bom exemplo de quem foi uma universitária brilhante, trabalhadora e empenhada, que deu provas na sua vida profissional. Isso bastou para que tivesse uma carreira profissional respeitada e respeitável sem andar a apregoar o brilhante título académico obtido em cinco árduos anos de estudo.
José Honorato Ferreira

sandrine disse...

Eu acho que deveríamos enviar os nossos CV 's para o pessoal! O que acham????

Fim de semana com muito sol

Beijos e abraços

António Pedro Pereira disse...

Ao ver isto no Profblog fiquei pasmado.
Afinal, parece que há por aí muitos Relvas.

«2. A história é rápida de contar mas já demorou demasiado a resolver. A 16 de Julho de 2011, verificou-se a eleição do actual director do Agrupamento de Escolas de Dr. João Araújo Correia, de Peso da Régua. O acto viria a ser impugnado junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela, por outro candidato, que alegou ter o eleito prestado falsas declarações, designadamente dizendo possuir uma licenciatura que nunca possuiu. Do mesmo passo, a Inspecção-Geral da Educação e Ciência abriu um inquérito. Passou quase um ano e não há decisão sobre uma coisa que não precisaria de qualquer inquérito. Com efeito, é exigível que os serviços administrativos certifiquem, na hora, se um professor é licenciado ou não, sendo certo que há anos lhe paga como tal e até o nomeou Professor Titular, quando a categoria existia e exigia o grau de licenciado. A universidade onde o director estudou certificou que ele não tinha concluído a licenciatura. Essa certidão é do conhecimento dos intervenientes.
Entretanto, houve decisão judicial, que anulou o acto de admissão a concurso do actual director, considerou que ele prestou falsas declarações no que toca à licenciatura e mandou repetir o processo, com a sua exclusão. Desta decisão podia recorrer o director, que recorreu, e a Direção-regional de Educação do Norte que, ao não recorrer, aceitou a decisão do tribunal. Exige-se, agora, rápida prova de vida do secretário de Estado do Ensino e Administração Educativa, que também está ao corrente desta saga, ou do director-regional de educação do Norte ou da inspectora-geral da Educação e Ciência. Ou deles todos, de mãozinhas dadas, por causa dos papões autárquicos. É que o processo judicial é uma coisa e o disciplinar outra. Conhecida a falta, correm prazos e há prescrições. O costume.»

(Retirado de Profblog, que transcreve a crónica de Santana Castilho no Público de 4/7/12, de que o excerto é a parte final).

Helena Sacadura Cabral disse...

Obrigada caro A.P.Pereira. Ficamos sem palavras quando ouvimos um relato desses.
Angustia-me pensar que netos meus possam, um dia, envergonhar-se do mundo que lhes deixo!

sandrine disse...

Lembrei-me de um episódio que se passou comigo, entre outros, no tempo que frequentava a faculdade(unl-fct).

Um colega foi ao exame de mecânica analítica e obteve o resultado de 7 valores. Foi á revisão de prova e disse ao prof. que a resposta da pergunta x não constava no caderno de exame que fora entregue(mas na realidade nunca entregou esta resposta). O prof. obviamente preocupado com a situação, procurou mas em vão! , desculpou-se dando o valor correspondente da questão. Ora, 3 valores eram-lhe suficientes para aprovar a cadeira. Assim foi.
Fiquei pasmada quando o meu colega com ar triunfante me contou a sua vitoria. Um ou dois anos depois da ocorrência, fiquei a saber que leccionava álgebra na faculdade(hoje não sei onde pára este "Relvas")

Toda a culpa tenho em não ter findo o curso que frequentei -matemática. Mas caros leitores, nestas balbúrdias não me encontro, nem me encontram. Auxiliares de memória, as conhecidas cabulas, passaram ao lado do meu ser nem fazem parte do meu historial académico. Tiras de papel, não obrigada, estaria a trair toda a minha pessoa e que desassossego exaltaria a minha travesseira.

Cara Helena e leitores deste ilustre blog, assim anda o presente/futuro de muitos que por lá passaram. Muitos deles com malícia (ou SERÁ astúcia que devo prenunciar?!) no corpo que se embrenha até ao tutano vão comprando os seus diplomas.



Crocodilos, sanguessugas... não obrigada!

Beijos e abraços

P.scriptum: reconheço culpa do silêncio.

António Pedro Pereira disse...

Caríssima Helena:

Eu não estaria tão pessimista, isto um dia há-de virar e serão as novas gerações a fazê-lo, como está não poderá continuar eternamente, depois de se ter batido no fundo só pode vir uma maré-alta.
Na nossa história já passámos por períodos igualmente negros mas a vida e o país continuaram.
Se ao menos nós, os condenados a viver este neste reino da incompetência, da vigarice e do compadrio descarados, não formos demagogos, não alinharmos em lutas «fratricidas» de cariz ideológico-partidário, quase sempre estéreis, já damos o contributo possível nestes tempos imperiais da lei do vil metal.
Do blog De Rerum Natura retirei esta sugestão, não uma solução, certamente, mas um forte antibiótico para a infecção aguda que aflige a nossa sociedade. Se fôssemos capazes de, digamos, numa percentagem de 70% concretizarmos a sugestão, o prejuízo financeiro dos partidos (todos, pois todos funcionam segundo o mesmo paradigma) e o descrédito público dos candidatos seriam tais que, as forças sãs dentro dos partidos, não tenhamos ilusões, há gente séria lá dentro mas que está submergida pela onda de oportunistas, essa gente séria sentir-se-ia legitimada para emergir. Cabe-nos a nós servirmos de mola real.

Excerto:

«Eu, como académico universitário que estudei 5 anos para me licenciar e "queimei as pestanas" para ser um dos melhores do curso (1968 – Faculdade de Letras de Lisboa), já com um percurso de seminário de cerca de 11 anos que me deu forte componente cultural e crítica, apesar do arregimento religioso com o qual nunca pactuei, sinto-me envergonhado como português que tal governação e legislação tem! Mas, para não ficarmos na eterna indignação e crítica – que nada adiantam! – proponho a propagação de um movimento anti-voto, para que possamos realmente escolher os melhores que ponham ordem na casa e acabarmos de uma vez por todas com as propostas partidárias de incompetentes nos quais nos convidam a votar. Eis o texto:
«NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS VAMOS TODOS votar em branco ou não votar (abstenção geral!) – SERÁ A MANEIRA PRÁTICA E LEGAL DE CORRERMOS COM OS ACTUAIS POLÍTICOS CORRUPTOS. Passemos palavra para sermos a maioria!
SE VOTAREM EM BRANCO, e se esta for a maioria da votação, a CNE é obrigada a anular as eleições e marcar novas, mas com outras pessoas diferentes nas listas. A legislação eleitoral tem esta opção para correr com quem não nos agrada. (Mesmo assim, irão dar aos partidos eleitos, 3,60€ por cada voto e durante a legislatura, ou seja, durante 4 anos, o que perfaz 14,40€, o mesmo acontecendo com os votos nulos ou riscados.)
SE SE ABSTIVEREM, protestam e não vão dar dinheiro nenhum aos partidos!»
Esta, uma acção que poderá dar frutos. Vamos então actuar!»

Autor, Francisco Domingues

Fatyly disse...

Tudo isto é simplesmente vergonhoso sobretudo para todos aquele "que queimaram e queimam" as pestanas para tirarem um curso, mestrado e doutoramento e que depois são tão mal reconhecidos pelos possíveis empregadores, directores e gestores etc...talvez porque saibam mais ou mais habilitados do que estes!
É o que temos, há que mudar...mas como? não sei!

Subscrevo o que disse!

Helena Sacadura Cabral disse...

Meu querido José Honorato
Eu sei bem que o canudo nem sempre traz competência. Conheço vários casos desses. Delors é apenas um deles. e nos políticos franceses temos vários.
O que me revolta é que se minta para se poder ocupar um cargo que exige - bem ou mal - determinadas competências académicas.
Você como eu sabemos o que custa tirar um curso ou uma pós graduação e quanto dói ver que outros até se riem de nós. Com a idade que tenho se não continuasse a trabalhar como trabalho, muita coisa teria de mudar na minha vida...

Girly Mood disse...

Li atentamente todos os comentários. Fico-me pelas palavras que já foram aqui ditas e que reflectem na integra o meu pensamento.
Não sou capaz (não no dia de hoje) de acrescentar uma única palavra ao que foi dito.
Apenas quero deixar aqui, publicamente, o meu «Muito, Muito Obrigada», à avó Clarinda que, para além de me ter dado muito amor, suportou nos anos 90 todas as despesas da minha Licenciatura em Economia e que, mais importante, me deixou de herança duas mãos cheiinhas de princípios.
Na actual pobreza que caracteriza a alma Lusa, tudo se resume a uma completa falta de princípios e valores....

carolina disse...

Para mim é uma verdade pacificamente aceite que um povo pobre empobrece o estado. Penso muitas vezes que agora nos aproximamos assustadoramente da miséria dos Romenos mas continuamos a julgar-nos charmosos como os Franceses. Quem nos governa prefere dar esmolas que pagar ordenados.Afinal, compreendo porquê, são alunos daqueles que tiram 10 nos exames e que tiram os cursos à pressa aos 40 anos, mentecaptos que sem grande inteligência compensam em esperteza, porque sabem a quem se "encostar". Quando os meus filhos me apresentavam os 18 e 19 em bem lhes dizia que não faziam mais que a sua obrigação. Afinal mal sabia que com 10 podem chegar a ministros....e, como cereja em cima da minha grande desilusão ontem o Prof. Marcelo diz que é parolice tanto valorizar os canudos, que há muita gente valiosa sem formação academica, pena mesmo é que o Sr. Relvas e os seus pares, porque não teem da outra se apressem a comprar a académica... parolos somos sim porque os aturamos

Anónimo disse...

Helena João M. Tavares escreveu um texto oportuno a pedir para a U. Lusófona o considerar licenciado em diversas áreas . Eu que fiz um bacharelato e uma licenciatura, uma especialidade em ensino, desempenhei todos os cargos numa escola e trabalhei quase 39 anos, vou requerer um doutoramento e mesmo vários post-docs. Candidate- se que merece, como eu

António Pedro Pereira disse...

Aqui vos deixo a carta referida pelo Anónimo anterior:

Carta aberta ao reitor da Universidade Lusófona.

Exmo. Reitor.
Foi com grande satisfação que soube que a Universidade Lusófona conferiu uma licenciatura em Ciência Política ao Dr. Miguel Relvasem apenas 14 meses, reconhecendo dessa forma a sua elevada estatura intelectual. Sempre sonhei com oalargamento das Novas Oportunidades ao Ensino Superior e fiquei muito feliz por terem dado o devido valor à cadeira de Direito que o senhor ministro fez há 27 anos com nota 10. Depois, naturalmente, o processo foi "encurtado por equivalências reconhecidas" (palavras do Dr. Relvas), após análise do seu magnífico currículo profissional.
É dentro desse mesmo espírito que venho agora solicitar igual tratamento para a minha pessoa. Embora seja licenciado pela Universidade Nova com uns simpáticos 17 valores, a verdade é que o curso levou--me quatro anos a concluir e o Jornalismo anda pela hora da morte. Nesse sentido, e após análise da oferta disponível no site da universidade, venho por este meio requerer a atribuição do grau de licenciado em: Animação Digital (tenho visto muitos desenhos animados com os meus filhos), Ciência das Religiões (às vezes vou à missa), Ciências Aeronáuticas (jáviajei muito de avião), Ciências da Nutrição (como imensa fruta), Direito (fui duas vezes processado), Economia(sustento uma família numerosa), Fotografia (tiro sempre nas férias) e Turismo (visitei 15 países). Já agora, se a Universidade Lusófona vier a ministrar Medicina, não se esqueça de mim. A minha mulher é médica, e tendo em conta que eu durmo com ela há mais de dez anos, estou certo de que em seis meses posso perfeitamente ser doutor.

Respeitosamente,
João Miguel Tavares

Agulheta disse...

Amiga Helena.O que mais me custa a acreditar é que membros de um governo eleito pelo povo,seja aldrabão e não tenha o carácter de dizer o que se passa com o ministro,para mim vale muito mais um honesto que muitos Drº juntos.Tenho filhos licenciados que queimaram muito as pestanas,e do orçamento familiar para lhe dar a formação,tempo de férias trabalhavam para ajudar a pagar propinas.Quem está preso as cadeiras do poder é difícil sair delas infelizmente.
Abraço

Anónimo disse...

Doutora???? Não, agora afinal já não é. Não tem curso de novas oportunidades não é doutora!!! Não tenho nada contra os cursos N.O. mas não tendo curso novas oportunidades não há doutoramento possível.

Talvez haja uma solução:
Considerando que é Mulher e que tem de fazer as contas ao rendimento mensal para gerir com eficácia a casa e os custos que lhe estão associados, bem como outros produtos de interesse individual.
Somando daqui, tirando dali, dividindoo o rendimento pelas despesas e pelos 30 dias (em média)que um mês tem.

Bem, acho que tem conhecimentos suficientes para continuar a ser economista!

Apesar de tudo (doutora ou "simplesmente helena" -em intertextualidade com um documentário conhecido- não deixa de ser uma excelente pessoa, um ser humano incrível, que não perde o brilho nos olhos.