Andei com ele ao colo. Vi-o crescer. Tinha a idade dos meus infantes. Era filho de uma das minhas maiores amigas.
Morreu há dois dias, sem que eu me pudesse despedir dele porque não estava cá. Tive uma enorme comoção, porque era um pouco, como se de um afilhado se tratasse.
Foi um profissional de mão cheia, um filho exemplar, um amigo que não faltava. Dotado de um enorme sentido do humor, confesso que quando estávamos juntos, a gargalhada era sentida.
A mãe portou-se, como sempre, com uma enorme grandeza de alma. Nunca a vi vacilar nos momentos mais duros e passou por alguns, que eu partilhei.
Os amigos deviam poder sempre despedir-se. E os pais nunca deveriam assistir à morte de um filho!
HSC
5 comentários:
quem parte
fica sempre
nos corações
que não partem
Pedro
Cara Helena, Cara Amiga:
O seu último parágrafo é tão verdadeiro! Comoveu-me.
Raúl.
Cara Helena,
Lamento, é contra natura.
Não faço ideia do tamanho dessa dor. Alguém assim deveria viver muito mais, faria o mundo melhor.
CarA Jeitinho não era, não.
Obrigada, Helena.
Ontem quando li isto até gelei. Obrigada pelo esclarecimento.
Um beijinho.
Enviar um comentário