sábado, 30 de abril de 2011

Será?!


Já disse aqui que, por questões de sanidade mental, a televisão nos proximos quarenta dias iria ser um objecto inerte. Uma dezena deles passados sobre tal decisão, dei comigo esquecida do 15 de Maio e da Troyka, das tragédias da Natureza, dos discursos e inaugurações, dos nomes dos políticos, das siglas dos partidos e com uma pressão arterial normal. Tal e qual como me acontece quando viajo para o meu canto preferido.
Subitamente deixei de viver as insolúveis problemáticas nacionais e passei a dar mais atenção aos pequenos prazeres do quotidiano. Assim, cozinhar, passear, ler, ouvir música, tomar a bica frente ao Tejo, têm constituído, agora, a animação dos meus dias.
Dei-me consciência deste privilégio ontem, quando me sentei uma hora frente ao televisor, a ver o casamento de William e Kate. Exactamente.
É que há muitos anos que me não deliciava tanto com um programa, que teve o condão de me afastar de todas as mazelas e desgraças mundiais. E, como não sou "realista", estou à vontade para fazer esta confissão. Mas devo acrescentar que o que mais me divertiu foram os comentários dos pivots e especialistas convocados para o efeito...
Será que se eu continuar por esta via, o Pedro Abreu Loureiro, meu cardiologista de eleição, e meu amigo do coração, me dará como apta para todo o serviço?!

HSC

5 comentários:

Marcolino Duarte Osorio disse...

Drª.Helena,
Citando-a, «Subitamente deixei de viver as insolúveis problemáticas nacionais e passei a dar mais atenção aos pequenos prazeres do quotidiano. Assim, cozinhar, passear, ler, ouvir música, tomar a bica frente ao Tejo, têm constituído, agora, a animação dos meus dias.».
Melhor sugestão, de sua parte, para me dar a mim próprio, uma vida serena, acho que será impossivel...!
Obrigado pela sua dica!
Cumprimentos,
MO

Gaivota Maria disse...

Foi lindo de se ver! Deus lhes dê a sorte que a Diana não teve.
Uma docinhos destes nos tempos que correm até nos fazem esquecer do gelo que trazemos nos corações. As suas melhoras. Um abraço

patricio branco disse...

Não vi a transmissão em directo, andei na rua a passear e estive sentado num café a ler. Mas nada tenho contra as monarquias e muito menos as dos países desenvolvidos, democráticos, com bons sistemas de segurança social e serviços nacionais de saúde, como é o reino unido.

Acho bem que tenham retirado o convite ao embaixador da síria, mas estranho que não tenham convidado os primos portugueses, afinal são família, mas de convites para a sua casa cada um sabe. Tony blair e gordon brown tambem não foram, afinal.

Não creio que seja escandaloso gastar dinheiro no casamento, foi pago pela familia real que é rica, não pelo orçamento do estado ou seja, não pelo contribuinte.
E, tal como a beatificação de j p II, traz bons beneficios e receitas, pelo turismo, compras, hoteis, etc.
Enfim, que sejam felizes e representem com dignidade o país.

Fada do bosque disse...

Acredite Helena que a vida muda quase 100%! Digo isto porque aboli cá de casa essa maldita caixa mágica que faz dependencia hipnótica às pessoas. Nem imagina a qualidade de vida que traz a ausência desse aparelho.
Nesta entrevista da TSF, intitulada "3 Anos Sem Televisão", mostra realmente o que pode fazer de bem a ausência desse intruso, desde a avó até ao netinho. Quem dera que o Mundo inteiro se livrasse deste "vírus" malicioso, ou então que houvesse um público que tivesse de se deslocar de casa para ver o seu programa favorito.
Se está doente, as melhoras... que agora sei, vão ser muito rápidas!
Quanto aos pivots... são uns pontos! tenhp ouvido os da rádio. :)

Fada do bosque disse...

Por outro lado o casamento real, faz-me pensar nisto:
"Em periodo da mais grave "Crise" desde os factos que despoletaram a 2ª Grande Guerra Mundial, a cerimónia em si do casamento dos sucessores na gordurosa Monarquia britânica custou ao erário público na gestão do acto mais securitário de sempre na capital londrina a quantia de 20 milhões de libras. Mas se analisado em termos dos 4 feriados decretados, as mediáticas farras comemorativas afectam a economia inglesa em 5 mil mihões de libras. Vão mandar tropas para onde para reaverem o dinheiro?"