Um sábado de bom cinema, após um almoço tranquilo é, para alguém como eu, um verdadeiro prazer. Estava indecisa entre "O Concerto" e o "Discurso do Rei". Em boa altura optei pelo segundo. É excelente e mostra como se pode construir uma bela "estória", partindo de uma deficiência como a gaguês.
Sou uma fã de Colin Firth que tem - ou, pelo menos, parece ter - uma série de carcterísticas que aprecio no sexo oposto. Nomeadamente, uma certa forma de tranquilidade, de sedução, de domínio sobre si próprio. Para além de ser um excelente actor que possui uma enorme versatilidade.
O filme, realizado por Tom Hooper, passa-se numa época que estudei bem para fazer a biografia de Wallis Simpson. Por isso foi muito gratificante ver nele mencionados relatos que eu própria cito no meu livro "Mulheres que Amaram Demais".
"King’s Speech" começou por ser um projecto para uma peça de teatro. Mas o actor Geoffrey Rush (que interpreta Lionel, o terapeuta) apaixonou-se pelo argumento e fez tudo para que ele ganhasse vida no cinema. E a componente teatral do filme acaba por ser deveras impressiva e eficaz.
Na verdade, as aulas de terapia da fala e os diálogos entre o rei e o terapeuta são de um extraordinário dinamismo. Rush constitui, assim, um ótimo contraponto ao protagonista Colin Firth, que está perfeito no papel de Rei. É carismático e comovente ao mesmo tempo.
Saí da sala de bem com a vida. E, o chocolate quente que tomei numa esplanada envidraçada, aqueceu-me o estômago e deu-me um imenso alento. Um belo sábado, sim senhor, para compensar a noite em que terei de escrever, para ganhar a vida!
HSC
19 comentários:
...perdão: a Vida é que a ganhou a Si!
Helena é so para lhe dizer que NAO LI ESTE POST !
é que amanha vou ao cinema ver este filme e...para nao correr o risco de ficar a conhecer a historia (toda) como acontece quando leio as criticas nas revistas e jornais franceses, preferi nao ler. Amanha comentarei : )
Bom fim de semana.
Tivemos um programa de sábado muito similar... Também fui ver o "Discurso do Rei", mas fiquei pelo chá e um scone com manteiga! :)
O filme é excelente! Uma fenomenal interpretação de Colin Firth (que muito aprecio) e de Geoffrey Rush (que passei a apreciar). Na noite dos Óscares, espero que sejam os vencedores nas categorias para os quais estão nomeados.
A amizade entre "Bertie" e "Lionel" tem uma componente humana fortíssima.
Cara Helena, não perca "O Concerto"! Também é muito bom!!!
Isabel BP
Helena
Concordo em tudo o que disse sobre o filme.
Só me entristece reparar que já adoptou o acordo, o tal, o ortográfico... mas tem de ser, não é?
Cara Ana diga-me depressa onde adoptei o novo acordo. Nem morta. Só torturada pela Pide!
Reli o texto e não vi sombra de Acordo. Mas posso ter tido a visita do alemão e não me lembrar. Help, please!
Helena
Faço copy past da frase:
"Rush constitui, assim, um ótimo contraponto ao protagonista Colin Firth"
É no "ótimo", no nosso português escreve-se óptimo!
Ótimo??????
:-)
Sofia P
Fiz uma "revisão" do post e descobri o "pecado" a que se refere a Ana: ÓTIMO ( linha 20 )!!!
Reli com muita cautela - o Acordo, em causa.
Escreveu "ótimo" na sexta linha do texto a contar do fim. Queira desculpar a intromissão, mas também é um assunto que muito me interessa.
Cumprimentos respeitosos.
Drª. Helena,
Já li algumas criticas sobre este filme. Todas, umas mais, outras menos, abonam a seu favor, o que me aguçaram a curiosidade. Pela forma como nos relata o seu encanto sobre o mesmo, acabei por ficar interessado!
Não se admire, de vez em quando, sentir-se apanhada na «ratoeira» do novo acordo ortigráfico. Só acontece a quem lê muito, e de diversos autores.
Mas, Drª. Helena, ao lê-la, tanto se me dá que escreva «pharmácia» em vez de «farmácia», o que me interessa é o conteúdo das suas sábias mensagens!
Cumprimentos
MO
magnífico actor, tal como no alfaiate do panamá. A escola inglesa continua, vão se indo os olivier, gielgud, guiness, mas a escola vai sempre criando novos talentos que nos maravilham. No palco e no ecran-
Cara Helena Sacadura Cabral,
A Associação de Estudantes da Escola Superior de Educação de Lisboa está a organizar uma conferência para o Dia da Mulher, no dia 9 de Março. Nesta conferência pretendemos abordar o papel da Mulher na Sociedade, contando, para isso, com a colaboração de algumas figuras femininas. Tendo em conta que a população da nossa faculdade é maioritariamente constituída por mulheres, gostaríamos de trazer algumas referências de diferentes campos (política, desporto, música, etc). Assim sendo, gostaríamos de contar com a sua presença de modo a dar o seu testemunho sobre a participação das mulheres no mundo da economia.
Agradecendo desde já o tempo despendido, podendo contactar-nos através do mail pelouroseselx@gmail.com
Cumprimentos
P'la AEESELx
Rita Azevedo
Estive tentada a não ler pois também quero ver o filme.Acho que não fiquei a perder, a sua opinião vai ajudar-me a ficar atenta a alguns pormenores.Também gosto de Colin Forth.Realmente um sábado perfeito,o seu.
Linda Ferreira
Ajuda: "ótimo" em vez de "óptimo", não foi aqui?
Quanto ao filme que viu, ainda não vi, mas espero vê-lo muito em breve.Por isso não posso tecer quaisquer comentários.
Quanto ao que não viu "O Concerto" por favor não o perca. Eu sei que sou novinha e gostos não se discutem, mas foi dos melhores que vi.
Um abraço
Olinda
Ana, Sofia, Ältere, Marcolino, Olinda, têm todos razão. O meu PC com dois anos incompletos mas muitos messes de problemas veio realmente já com ótimo. E só agora me dei conta disso...
Já lhe "enfiei" o "optimo", à força, no dicionário.
Bem hajam!
Amiga Helena O.
O nosso amigo tem-me convencido de várias coisas. Mas desta, julgo que nem a Pide, com tortura, conseguria. Agora só me falta que as editoras a tal me obriguem!
Fui hoje ver o filme na companhia da minha neta.Fui "namorar" com ela e depois uns chocolates da Arcádia-célebre confeitaria do Porto.Gostei do filme e da música.
Já estava admirada com a adesão ao novo acordo.Alívio quando li que foi culpa do PC.
Eu,nem com tortura,também.Quero ser,PORTUGUESA,ao fim.
Mil desculpas,por estes desabafos.
Maria
vi finalmente a pelicula. Bom cinema de facto. Na linha de alguns outros filmes que se debruçam sobre a monarquia inglesa, como "the queen" ou "a loucura do rei jorge III". A monarquia é tratada com respeito nestes filmes e por detrás tambem haverá uma intenção, mostrar a bondade da instituição (que a tem).
A insistencia na frase "o rei diz o que o povo quer" não é por acaso.
Optimos actores, magnificos cenários e reconstituições (os automóveis, os trajos, os microfones, etc). Bom humor à inglesa.
Um pouco na linha de "my fair lady" história muito parecida, ensinar a falar em publico, a pronunciar bem, a vencer defeitos fisicos. dum lado o professor ou terapeuta, com as suas particularidades e métodos, do outro o paciente com as suas resistencias.
Afinal, a familia real inglesa é feita de pessoas muito normais, com as suas fraquezas e tambem com as qualidades.
Magnífico o duque/rei e tambem o humilde terapeuta australiano (inglês de 2a), lembram se do actor como alfaiate do panamá?. E a mulher do duque, depois rei, helena bohnan carter(a rainha mãe que há alguns anos morreu), esplendida actriz que tambem deve figurar no meu comentário.
No entanto, se os diversos aspectos da película, actuação, cenários, vestuário, musica merecem entre 15 a 18, há qualquer aspecto que merece uns 12 apenas, ainda não identifiquei bem o quê.
Atenção também NÃO DEVE perder "O concerto"!!! Recomenda-se, muito
My dear Helena,
Eu tinha-lhe prometido que voltaria depois de ver o filme...para ler este post e comentar.
Pois por mais incrivel que possa parecer so vi o filme esta noite !!!!
E tenho apenas uma palavra : FA-BU-LOUS !
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