O fim de semana foi passado a ler e a ver filmes. Um sossego. Falo apenas dos últimos, realizados por dois autores de que habitualmente gosto muito. Trata-se de Woody Allen e de Clint Eastwood. Pois bem, desta vez estou mesmo baralhada.
Woody faz um filme menor, de certo modo moralista, pese embora o humor ácido com que sempre trata a velhice e a estupidez humanas, dois temas que, noutras ocasiões, lhe têm grangeado grandes sucessos.
Clint faz um filme estranho acerca da morte - ou da vida, consoante se prefira - e da comunicação entre os mundos que rodeiam aquelas duas situações. Tem um começo espantoso, mas não me convenceu, a mim, que sou fã quase incondicional deste cineasta. Todavia, não me deixou indiferente, e não posso nem consigo dizer que se trata de uma película sem interesse. É algo diferente que, admito, preocupe um homem que já ultrapassou os oitenta anos, mas cuja vitalidade intelectual ninguém põe em causa. Como sou muito pragmática, estas questões da parasensorialidade deixam-me sempre muito duvidosa. Mas quem sou eu para negar o que para outros é uma evidência?
Se Eastwood entende que o tema lhe suscita o interesse que justifica abordá-lo desta forma, é porque deve ter as suas razões, visto não se tratar de um charlatão. Daqui, a minha imensa perplexidade!
HSC