terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Agora são só cinquenta...

O governo já não sabe que mais fazer para nos adormecer. Começou pela história da Carochinha, passou pela da Cigarra e da Formiga e contou vezes sem conta a do Lobo Mau, vulgo Capuchinho Vermelho.
Agora a última inventona é a das cinquuenta medidas. Trata-se de uma espécie de fábula para mostrar a Bruxelas, às agencias de rating e à oposição. Com que fim? Acredita-se que seja para os encantar. Todavia ninguém sabe como, nem com que meios. E, claro, todos duvidam que as mesmas tenham mais exequibilidade do que as lendas para crianças. Logo, nem fogo de artifício, esta gente consegue com elas...
A história real é que a despesa continua a crescer - sem qualquer respeito pelas declarações anteriormente assumidas pela dupla Socrates/ Teixeira dos Santos -, a oposição debita discursos de circunstância, o PSD que já é parte da governação, assobia para o lado e os portugueses nem percebem o que lhes está a acontecer.
Acresce que as presidenciais, essas, ninguem dá por elas. Eu, pessoalmente, nem me lembro que há debates. Será que há?!
De facto, até 23 de Janeiro, o PM até pode arranjar mais outras cinquenta medidas, que nos ponham como a bela Adormecida. Porque esta era, de facto, a história que nos faltava, depois da do Ali Babá e os quarenta ladrões...

HSC

5 comentários:

Anónimo disse...

Ainda falta a do Encantador de Ratos... em que Nós somos os Ratos hihi

Unknown disse...

Cara Dra. Helena Sacadura Cabral,

Sou um leitor diária do seu blogue e revejo-me em muitos dos seus comentários.
Em relação ao seu último "post" a minha pergunta é a seguinte:
O que é que nós podemos fazer para alterar o rumo do nosso país?
Como referiu no seu "post" o governo continua a "despejar" medidas, a despesa não diminui e o PSD não faz absolutamente nada.
Onde andam os cidadãos do nosso país? Será que temos que assistir sentados à ruina de um país sem nada fazermos?
Tenho 30 anos e sinceramente tenho muita dificuldade em aceitar tudo o que este governo tem feito de mal a Portugal, mas não vejo uma preocupação generalizada do povo.
Na tenho a menor dúvida que o 1º trimestre de 2011 vai ser muito dificil e só nessa altura é que as familias portuguesas vão sentir na carteira os efeitos da crise com o aumento dos impostos, diminuição de ordenados e aumento dos spreads.
Enfim, perdoe-me este desabafo.

Com os melhores cumprimentos,
Ricardo Sabrosa

Anónimo disse...

Cara Helena,
Eu tenho um profundíssimo desprezo, visceral, por essas agências de “rating”, que nunca, mas nunca, atacam as economias fragilizadas dos grandes países. Por outro lado, são instituições ligadas, umbilicalmente, ao grande capital financeiro proveniente de alguns desses mesmos países. O que essas “escabrosas criaturas” têm feito é, com esse tipo de “avaliações”criarem ainda maiores dificuldades aos países com problemas, em vez de apontarem soluções. Por outro lado, não me espantaria nada que por detrás disto houvesse uma política, deliberada, para enfraquecer o EUR. Não só enfraquecê-lo “monetariamente”, mas…politicamente. Uma UE fragilizada, economicamente, convém, politicamente, aos EUA, por exemplo. Mas talvez já não à China, por exemplo, também, cujo poder de compra enfraquecido do espaço europeu significa um menor volume de importações de produtos chineses. Quer-me cá parecer, na minha ignorância destas coisas (maquiavélicas) da economia e da política que quem, eventualmente, irá tirar maior partido, ou proveito, desta desgraçada crise, são os EUA, a médio (e longo prazo). Não é por acaso que as referidas agências de “rating” têm ligações ao capital financeiro norte-americano. Pergunto-me: e se a moeda de referência fosse o EUR, ou outra qualquer, e não o USD e que aquele país tivesse de pagar a sua dívida externa, os seus débitos, pagar as suas importações, etc, nessa moeda, que não em USD? Como estariam as finanças norte-americanas? E o FED? E a própria economia ianque?
Convém não esquecer, igualmente, quem manda no FMI.
E, entretanto, com “amigos” como esses, o melhor que nos resta fazer é melhor trabalho de casa, poupar nos gastos supérfluos, cortar na despesa pública, estimular as nossas exportações e, igualmente importante, dar o exemplo, quer no que se não deve gastar, quer no rigor, quer na verticalidade de comportamentos, etc.
E talvez deste modo, possamos mandar ás malvas essas vampirescas agências de “rating”! E passarem-nos a respeitar um pouco mais. Que bem merecemos (falo do povo contribuinte).
Grande abraço virtual,
Cordialidade e umas Boas e Felizes Festas!
P.Rufino

Helena Sacadura Cabral disse...

Meus caros comentadores
Têm toda a razão no que afirmam. Não nutro o mínimo respeito por estas agências de rating que deixaram o senhor Madoff à solta. Mas os nossos governantes e os credores regulam-se por elas. Porquê? Porque gastámos o que não tinhamos e hoje somos pedintes.
Não tenho especial respeito pela política americana que, evidentemente, esteve na origem disto tudo. Aprecio mais Hillary Clinton do que Obama que, às vezes - muitas para meu gosto - até me parece continuar a política de Bush...
Quanto a nós, devíamos fazer, de facto, o trabalho de casa. Mas julgo que só o faremos quando o FMI cá chegar! Infelizmente aponto para Abril essa data.

Pedro disse...

a propósito de 40 ladrões?

Votos de Bom Ano?

Obrigado pelos Votos
não sei se vou votar
que esta cambada é um nojo
estou capaz de os matar

estou a falar dos políticos
cada vez mais rapaces
são uma pilha de ladrões
e a gente a vê-los pilhar

não ligue ao meu estado
deve ser de sentir no bolso
a leveza da mão do Estado
a roubar-me que nem louco

Pedro