sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Um problema

Nogueira Leite publica hoje um pequeno artigo no Correio da Manhã ao qual vale a pena dar atenção. Diz ele que o nosso país tem um problema de finanças públicas que, a cada dia que passa, se torna mais grave, em consequência das políticas adoptadas nas três ultimas décadas.
Ora a decisão das três agências de rating caracterizarem negativamente a nossa economia, em simultâneo com a situação das nossas finanças públicas, são ocorrências suficientemente graves para deixarem o governo pouco tranquilo. Acresce, por outro lado, que a política seguida tem assentado no aumento da receita dos impostos e na despesa desorçamentada agora, para ser paga depois. Esta perspectiva parece, internamente, não preocupar muito ninguém. Mas não escapa aos analistas interncionais que consideram - como foi o caso da Moody's - que a classe política em Portugal não está à altura dos desafios que o país enfrenta.
Estranhamente, ao pensar sobre o que lera, lembrei-me do estado em que o país se encontrava quando Salazar chegou ao governo...

H.S.C

5 comentários:

José Bourbon-Ribeiro disse...

Se juntarmos a isto tudo o estímulo ao consumo privado por via do endividamento das famílias (finais da década de 90), o 'filme' fica completo!

Helena Sacadura Cabral disse...

Filme de mistério...ou de terror!

Anónimo disse...

Pelo que disse o General Garcia dos Santos, se não é um filme de terror, o medo dele, é que o venha a ser.
Ouvi a entrevista que deu e acho sinceramente, que os temores não são em vão.
Começamos todos a temer...
Lido com poucas pessoas, mas o que ouço aqui pelo norte, é que o descontentamento está a passar a uma fase de revolta e talvez de raiva.
Todos os dias, pelo que sei, micro empresas fecham e isso era uma forma de o norte sobreviver...
Continuando assim e mais, a EDP aumentar em Janeiro em 2,9%, quando os países mais ricos aumentam 1%... nada de bom se pode augurar.
O filme pode tornar-se realidade e o terror também. Era bom, que quem nos representa, tivesse isso em conta.

Anónimo disse...

Transponho aqui um texto de Rui Figueiredo, do blogue Illuminatus Lex, que considerei uma chamada de atenção muito lúcida.
Especialmente adequada, para os que vivem fora de Lisboa e estão a ser dizimados pela pobreza.

«O chefe do Governo italiano, Silvio Berlusconi, foi hoje atingido no rosto com um murro, caiu por terra, a sangrar, e foi conduzido ao hospital de San Raffaelle, na cidade de Milão.
Berlusconi estava a dar autógrafos, quando sabe-se lá de onde e porquê, foi autografado por um ilustre e descontente desconhecido. É a prova que ninguém está imune a estes devaneios de uma plebe ressacada por escândalos, abusos de poder e reinações de toda a ordem e feitio, e não falo só de Itália. A crise acaba também por moldar uma revolta que tende a ser crescente de dia para dia. A classe política não se pode esquecer um factor decisivo nas nossas sociedades, sem Povo não há Estado...! É para o povo e em prol do povo que se governa.»

Unknown disse...

É cuurioso...as conversas de café entre amigos vão bater no mesmo ponto... Salazar veio organizar o caos, se juntarmos a tudo isto o facto de alguns sectores militares não se coibirem de mostrar algum descontentamento e impaciência...um dia destes temos a quarta epública à porta pela força da baioneta...mas o povo é sereno...enquanto houver cartão de crédito...