A leitura de uma carta aberta a um amigo, no blog do Dr. Francisco Seixas da Costa, está na base deste post. Nela se fazem uma série de advertências a alguém que vai exercer determinadas funções publico - políticas. Não são, contudo, estas que aqui me interessam. O que me faz pegar no tema é, antes, o espírito ou, se quizermos, a essência do que se considera a amizade.
Amigo não é aquele que diz sempre sim, mas antes aquele que diz não, quando entende que o deve fazer. Amigo não é aquele que elogia o sucesso, mas sim o que adverte para os obstáculos que o mesmo comporta. Amigo não é aquele que espera contrapartidas, mas sim aquele que até sabe que dizendo o que pensa, as pode perder. Amigo não é aquele que elogia o que entende ser medíocre, mas sim aquele que é capaz de chamar a atenção, para essa mediocridade, visando que ela se não repita. Enfim, ser verdadeiramente amigo, é ter sempre a verdade na ponta da língua e, apesar de saber que pode não ser de imediato compreendido, nem por isso deixar de a dizer.
Pensando no assunto descobri que, felizmente, a maioria dos que estimo vem dos bancos da escola. O que diz alguma coisa sobre a sua qualidade...
Percebe-se, por isso, que não seja fácil ter amigos autênticos. E que os que se têm, possam ser de origem bastante diversa... Estranho, seria o contrário!
H.S.C
4 comentários:
Este texto está excelente e resume o que eu acredito que deve ser a amizade. Tenho a sorte de ter amigos assim e tento eu ser assim (se bem que um bocadito bruta de tão directa que sou por vezes...)
Uma excelente semana!
Não posso estar mais de acordo consigo, cara Amiga. Só assim entendo a Amizade, só assim a considero verdadeira. Mas quantos a vivem/entendem dessa forma?
Apetecia-me pegar nesta belissima definição e postá-la no meu blog - citando a fonte, claro, nada de plágio - mas, obviamente que não o faço.
É por estas e por outras (como se costuma dizer) que venho sempre "espreitar" este espaço.
Amiga, tem um miminho no meu blog. Escusado será dizer que só o irá buscar se assim o entender.
Abraço.
Teresa
Bem haja pelo mimo, que já fui buscar. E que, cheia de orgulho, postei!
Deve ser devido à minha frontalidade e um pouco de brutalidade a dizer o que penso, que alguns amigos de vez em quando desapareçam... mas voltam e com uma amizade reforçada. É sempre mais confortável dizer um sim ou ouvir um sim, mas a amizade não dá para facilidades... o difícil é na hora de dizer não.
A escolha de que se sintam seguros connosco, é só nossa, embora muita vezes me fique um nó na garganta.
A verdade na ponta da língua, ás vezes faz-nos sofrer bastante, mas é como diz, a única via.
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