Mas o nosso Embaixador em França, Dr Seixas da Costa, no seu duas-ou-tres.blogspot.com abordou o assunto numa vertente que eu achei muito curiosa, fazendo a distinção entre família e dinastia. E é aqui que reside o nó górdio da questão. Não gosto de heranças dinásticas.
Ora a família Kennedy foi, sobretudo, uma dinastia. Que estaria destinada a "reinar" a América.
É assim que eu os vejo. Possivelmente serei injusta. Mas quando dois irmãos lutam pela Presidência e são ambos assassinados e o terceiro é afastado porque um acidente de percurso terá impedido o desiderato, não parece difícil fazer este julgamento. Aliás, a história dos velhos emigrantes, seus pais, só corrobora que tal seria o fito para o qual foram educados.
Eu não aprecio particularmente este tipo de clãs, possivelmente por causa da minha própria aventura familiar: sogro, cunhado, marido, filhos, todos políticos. Se isto já é uma overdose, calcule-se o que poderá ter sido aquele outro tipo de ambição. Com uma diferença. É que nem a morte dos filhos alterou o sonho dos seus pais.
Depois, confesso, aquele catolicismo de origem irlandesa, sempre presente como uma marca de qualidade, num país que o não professa, provoca-me alguma irritação. Até porque a vida de cada um dos seus membros esteve longe de ser exemplo da dita religiosidade.
Mas é verdade que foi uma estirpe com um percurso dramático. E que aguentou firme, onde muitos teriam sossobrado. Para o bem ou para o mal, todavia, esse não é o meu modelo de família.
H.S.C
5 comentários:
Gosto de si há muitos anos.
Gosto dos seus filhos.
Gostei de ouvir o Paulo.
Parabens!
Beijos,
Mimena
:)
Yet, I still feel a kind of admiration for them...
Despite everything...
And I mean EVERYTHING.
Cara Helena, desculpe contradizê-la, mas isto é de mais.
Então DOIS dos irmãos chegaram à presidência?!!!
Robert Kennedy, que teria sido provavelmente um grande presidente, foi assassinado durante a campanha eleitoral!
Tem toda a razão Teresa.Como muito bem diz, "isto é demais". De facto, apenas um foi presidente. Os outros dois iriam a caminho. Felizmente que há, sempre, leitores atentos para corrigir a minha ignorância. Bem haja, pois!
De qualquer modo, suponho que o que eu julgo ser - e não digo é - a ambição da família Kennedy de governar, não ficará afectada pela sua oportuna correcção. Ou ficará?
Deixa saudades o homem. O político, esse, o Mundo e muito mais o Portugal orgulhoso e que ama os seus filhos, teria passado bem sem ele.
Deus tenha infinita misericórdia.
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