quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Helena Barradas


Conhecemo-nos no Liceu D. Felipa de Lencastre. Perdemo-nos uns anos, quando ela casou. Reencontramo-nos quando ela se divorciou e vivemos tempos inesquecíveis, sempre em bando com os nossos filhos. Perdemo-nos, de novo, quando ela foi trabalhar para o Brasil. Mas aqui eu fui lá matar as muitas saudades que tinha. 

No Brasil havia de encontrar o amor que, por tanto a amar, veio para Portugal viver e casar com ela. Era um casamento sereno e o marido era das pessoas mais afetuosas que conheci. Nesse retorno, lá nos encontrámos de novo e a sua casa em Cascais era como se fosse minha.

Ela teve três filhos, qualquer deles cheios de qualidades. Havia de perder um deles como eu perdi o Miguel. Anos mais tarde morreria o marido. Não nos víamos há bastante tempo, porque apesar de Cascais não ser longe, a escrita e as circunstâncias da minha vida nessa época, eram bastante complicadas.

Há dias, o correio trouxe-me uma encomenda. Abri. Era um livro da Helena Barradas com uma dedicatória que evocava a nossa perene amizade. O título GUIADA PELAS ESTRELAS, resume muito do que foi s vida desta mulher que venceu adversidades de monta, foi uma excelente mãe e também uma ótima filha.

Seria difícil apontar um defeito a esta lutadora que, no fim da sua vida e depois de se inscrever num Curso de Escrita Criativa, resolve editar um romance. Vou lê-lo, com a certeza de que lhe não faltará tudo o que fez da sua vida uma experiência única. Mas queria sobretudo apresentar-vos uma Mulher que a vida não vergou e que nunca baixou os braços.

Nem todos os seus sonhos se terão realizado. Mas nem a esses, ela, alguma vez, fugiu! 

Um abraço daqueles fortes que sempre demos, minha querida Helena

HSC

PS O livro encontra-se à venda na Livraria Ferin. 

7 comentários:

João Menéres disse...

No fundo, duas vidas muito equivalentes.
Uma sorte nunca se terem desencontrada.

Melhores cumprimentos.

Maria Helena Barradas disse...

Acabei de ler e só posso lembrar todos os capítulos da nossa vida que partilhámos e que agora Guiada pelas Estrelas podemos voltar a encontrar.
Um beijo grande

Pedro Coimbra disse...

Será o nome?
Helena?
Helena é nome de mulheres fortes?

Anónimo disse...


Dra Helena este seu post comoveu-me. As amizades verdadeiras são assim. Umas vezes juntas, outras vezes separadas, consoante as vidas permitem, mas em cada encontro, temos sempre a impressão de que estivemos juntos na véspera.
Vivi e vivo uma história semelhante. E sei quão verdadeira é esta amizade. Têm ambas muita sorte em se terem encontrado. Acho que vou comprar o livro quando for ao Chiado!

Luisa

Silenciosamente ouvindo... disse...

Sim há amizades assim na vida.

Tenho uma que dura há mais de 50 anos,

também nem sempre juntas, muito tempo

mesmo sem nos vermos. Mas sempre amigas

até à morte.

Quando puder ir a Lisboa vou comprar o livro.

Os meus cumprimentos.

Irene Alves

Anónimo disse...


Dra Helena
Parece-me que as verdadeiras amizades são sempre assi. Umas vezes perto. Outras longe. Mas, como diz, quando se encontram é sempre o retomar de uma conversa da véspera. Vou comprar o livro na primeira oportunidade.

Teresa Santiago

Anónimo disse...

🌷