António Costa queria uma Lisboa a duas rodas. Fernando Medida seguiu-lhe o passo. E nós, transeuntes ou condutores, assistimos impávidos a reduções sucessivas do espaço de rodagem para os automóveis, que deram, claro, lugar às bicicletas e às motorizadas, como se fossemos uma capital plana e com chão de auto estrada.
Mas isto não bastou e para modernizar mais a nossa vida surgiram os tuktuk que enxameiam a cidade, cheios de turistas e estacionam onde bem querem, sobem a passo de caracol criando autenticas filas de carros, eléctricos e autocarros que só conseguem apitar com a situação. Enfim, uma medida para dar cabo da nossa cabeça, aliada às inversões de sentido, igualmente tomadas sem que nos explicassem as razões.
Mas faltava algo mais, para sermos completamente modernos e planos. Falo das trotinetes eléctricas, largadas em qualquer lado e cujos manobrantes nem capacetes usam, para poderem partir melhor a cabeça deles e de quem tenha a infelicidade de os atropelar. São um terror...
Lisboa é uma cidade de sete colinas e estes tipos de transporte a duas rodas eléctricas, não obedecem às regras de trânsito, ultrapassam pela direita e pela esquerda sem o menor cuidado e até o fazem com uma mão ocupada pelo telemovel.
Haverá alguém na Camara Municipal de Lisboa que regulamente e fiscalize estes transporte e os individuos que o utilizam?
Mais tarde ou mais cedo vai ocorrer um desastre com perda de vidas. Será preciso isso, para serem tomadas as devidas providências?
HSC