Sou uma apreciadora do realizador François Ozon. Por isso, fui ver o seu filme Franz que tem, entre outros prémios, o Leão de Ouro.
É uma história muito curiosa - passada no clima do pós guerra e do ódio entre franceses e alemães -, que aborda um tema a que poderemos chamar do "valor da
mentira” e conta as repercussões que a mesma teve sobre a vida das personagens retratadas.
Talvez seja uma película um pouco lenta e longa, talvez até demasiado melancólica. Mas é certamente uma bela obra a branco e preto, que
revela dois novos excelentes atores – Paula Beer e Pierre Ninney -, para mim,
até agora, completamente desconhecidos.
Saí do cinema tocada pela forma hábil como
o autor narra aquilo que muitos de nós sabemos de antemão, isto é, que a
mentira, por norma, arrasta consigo outras tantas. A fita não pretende fazer
juízos morais e talvez esteja aí um dos motivos pelo qual, julgo, ela prende os espectadores.
Para quem gosta da sétima arte, eu diria que
esta vale mesmo a pena!
HSC
7 comentários:
Minha querida Helenamiga
Adoro filmes e fotos a branco e preto. Mas há muito tempo que não vamos - a Raquel e eu - ao cinema; talvez com esta sugestão iremos.
Muitos bjs e qjs do casal Fereira
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Tal como havia avisado acabo de publicar na Nossa Travessa um novo artigo de minha autoria intitulado É difícil viver com um mongoloide. Com ele inicio uma saga que se inspira nas narrativas da nossa Amiga Elvira Carvalho a quem agradeço o “empurrão”…
O filme sobre o Yves Saint Laurent, é com esse actor e gostei muito, assim como "un homme idéal", claro que são registos totalmente diferentes. Acho um actor bastante promissor.
Ahhhh! O "La promesse de l'aube", também me despertou curiosidade.
Uma sugestão a ter em conta! =)
Beijinhos,
https://chicana.blogs.sapo.pt/
Já vi o filme e gostei muito. Na realidade por vezes achei um pouco parado mas não deixa de ser um belo filme. Achei engraçado ver que algumas pessoas não contiveram as lágrimas...
Helena
O último filme que vi foi " Linha Fantasma" e no Corte Inglês gostei muito.
Já viu a serie com Pablo Picasso Genius?
Gosto tanto, é entrar na vida de um génio e ver como a sua vida é igual a tantas outras, as mesmas angustias, desgostos, lutas, alegrias, vidas atribuladas. Onde a pintura no caso dele servia de catarse para expressar o que ia na alma, homem de muitos amores uns iam outros vinham. Tenho a sensação que precisava de uma musa inspiradora e quando aquela deixava de o inspirar era descartada, como se fosse um pincel. As musas essas sofriam dores da alma, Dora sofreu desse mal e foi sujeita a choques elétricos, método utilizado na época, como se os choques curassem um mal de amor, pobres mulheres e homens que foram sujeitos a isso.
Hoje dá :)
A sua sugestão também me parece interessante.
Abraço Forte
Carla
🌷
A dona Helena Garrido lá continua a tentar assustar-nos com o diabo.
Sinceramente, já nem a leio. Escrita pouco séria.
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