A
vida política portuguesa não será muito diferente da que funciona nos restantes
países europeus. Mas talvez sejamos mais rápidos no “gatilho”. Com efeito, basta
que alguém se ausente por uns dias para que saia com um problema do governo e
entre com um problema da oposição.
Assim,
na ultima semana a problemática era o folhetim da CGD. Nesta semana a questão
central são os offshores. É quase impossível acompanhar o desenrolar destas
“estórias”, que mudam de rumo à rapidez do tiro de pistola.
Algo,
porém, parece evidente. Trata-se, na maior parte dos casos, do sistema bancário
nacional. E também parece evidente que nenhum partido está, neste campo, isento
de responsabilidades. Continua a haver em Portugal – sabe-se lá porquê - uma
espécie de subserviência do poder político à figura do banqueiro ou, se
preferirmos, ao sistema financeiro. O que tem permitido aos bancos e aos que os
comandam uma “ética” diferente daquela que se aplica ao comum dos mortais.
Talvez
seja a altura de olhar para este comportamento de maneira diversa e dar a César
o que é de César, ou seja, de delimitar muito bem o que é poder económico e o
que é poder político e estabelecer regras claras no seu relacionamento, de modo
a evitar que casos como os que referi, se tornem moeda corrente no nosso país.
É que já nos bastam as complicações da banca internacional, que acabam sempre
por afectar todos nós!
HSC
2 comentários:
Eu até concordo com a drª. Helena, mas será
que a classe política concorda?
Meus cumprimentos.
Irene Alves
10 mil milhões de euros! 10 mil milhões!
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