quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Na estação pública...


“Ontem, Telejornal da RTP, 20h42, peça sobre os novos deputados na Assembleia da República pós eleições de 4 de Outubro. José Rodrigues dos Santos, que terá mérito em muitos dos trabalhos feitos ao longos dos anos, diz algo absolutamente impensável, ofensivo, deontologicamente questionável, sem qualquer hesitação: "o deputado Alexandre Quintanilha foi eleito ou eleita..." vou repetir, para quem possa estar distraído: ELEITA! "

                       Patrícia Reis in http://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt

É de facto lamentável que, no século XXI, numa estação pública de televisão - paga com o dinheiro de todos nós -, um pivot se permita fazer uma afirmação desta natureza, sem um imediato pedido de desculpas da sua parte e por parte da respectiva direcção, ao Professor Alexandre Quintanilha!


HSC

14 comentários:

João Menéres disse...

Não se pode dizer tudo o que se pensa !


Melhores cumprimentos.

Pusinko disse...

Acredite-se ou não que tenha sido propositado (e, nesse caso, é demasiado grave para passar impune ou com mero pedido de desculpas), a verdade é que o nome do Prof. Quintanilha não é referido pelo jornalista Rodrigues dos Santos. A citação de Patrícia Reis não é correcta.

http://observador.pt/2015/10/08/rodrigues-dos-santos-refere-se-a-deputado-do-ps-como-tendo-sido-eleito-ou-eleita/

Anónimo disse...

Dei uma rápida vista de olhos pela Internet e... sem nenhum espanto vejo que JRS vai lançar um livro este mês. Ora nada como um bocadinho de publicidade à figura antes de lançar o produto.

D. Helena, espero que não lhe passe semelhante ideia pela cabeça quando se estiver a preparar para lançar o seu próximo :)

Um bem haja

Silenciosamente ouvindo... disse...

Em vez de pedir desculpa disse:

José Rodrigues dos Santos: “Achar que fiz uma piada mostra que está tudo louco”

Anónimo disse...

Uma atitude abusiva e que sem dificuldade poderá ser apelidada de homofóbica.

Anónimo disse...

O eleito ou eleita não é referido no contexto que lhe estão a tentar dar....o eleito é referido no contexto na deputada eleita....é só ver o noticiário para perceber

Helena Sacadura Cabral disse...

Aos interessados e ao Anónimo das 17:26, aqui fica o link
http://www.rtp.pt/play/p1743/e209151/telejornal.

Não entrei na histeria colectiva que, entretanto, já grassa. Mas daí até acreditar que JRS se referia a outra pessoa, vai um grande passo.
Todos temos gestos infelizes. E lapsos de linguagem. O correcto é assumir e pedir desculpa. Ou, então, explicar quem era a "eleita"!

Fatyly disse...

Não vi e só soube à bocado enquanto lia e vi o video, porque não vejo noticiários da RTP.

Digo apenas que outro ou outros já foram dispensados e ou destituídos do lugar por muito menos.

Concordo com o seu comentário Dª. Helena

MC disse...


Quando vi o video, fiquei com a ideia (obviamente, ao contrário da maioria das pessoas) que o JRS disse "eleito ou eleita" porque não sabia se a pessoa mais velha eleita seria homem ou mulher. Como não fazia ideia da orientação sexual do futuro deputado, nem sequer entendi as palavras dele como piada de mau gosto.

Gostaria de acreditar que JRS não sabia de facto se se tratava de candidato ou candidata (porque a outra opção é demasiado má).

MC

Anónimo disse...

Confesso que fico boquiaberto com a celeridade com que se julga e condena as pessoas em praça pública. Nem a pessoa em causa ou o órgão onde trabalha tiveram tempo de se manifestar e já a blogosfera entra em histeria completa, precipitando-se em julgamentos e pedidos de demissão imediata, pelourinho, apedrejamento…
Se se tratar de algo intencional, é, de facto, gravíssimo. Se for uma gafe, é também grave, tendo em conta a responsabilidade da pessoa em causa, mas qualquer pessoa se pode enganar. No entanto, considero bem mais grave que, com base num vídeo e sem informações de bastidores ou de fundo, portanto, sabendo muito pouco, se faça julgamentos em praça pública. Mas talvez estas reacções digam mais sobre o país e sobre os preconceitos que continuam bem enraizados e que são disfarçados com o “politicamente correto” e o paternalismo…
Cumprimentos

R.M.

Helena Sacadura Cabral disse...

Anónimo das 22:05
No caso do meu post está a ser injusto. Aqui, só lamentei que um pivot, culto, escritor, pudesse dar relevo - de forma pouco elegante - à orientação sexual de um futuro deputado, homem de 70 anos, a quem o país muito deve e que, não raras vezes, vai à televisão. E que nunca escondeu a forma como legalmente vive.
Numa estação privada já seria mau. Numa pública, impunha-se, no imediato, um pedido de desculpas.
Assim, não compreendo o seu comentário sobre as histerias da blogosfera aplicadas a este meu post, nem creio que possa apelidar este blogue, com justiça, de preconceituoso ou de politicamente correcto. Ou nunca aqui veio antes, ou não sabe de quem está a falar!

Ana C disse...

"Aqui, só lamentei que um pivot, culto, escritor, pudesse dar relevo - de forma pouco elegante - à orientação sexual de um futuro deputado, homem de 70 anos". É tão óbvio e claro que houve aqui lapso do apresentador derivado da peça anterior e não constar, na peça atual, o nome do deputado em questão, que fico espantada como alguém com a sua inteligência pode acreditar mesmo no que escreveu. Estamos de facto todos muito cheios de sensibilidades em que todo e qualquer suspiro toma proporções gigantescas. Adoro lê-la e ouvi-la. Beijinho

Ana C

Helena Sacadura Cabral disse...

Ana C
Com a idade que tenho sou de facto muito sensível a preconceitos. Lutei contra eles toda a minha vida!
Quando há um lapso - todos os temos - só há uma forma de o corrigir. É esclarecendo. Foi o que JRS fez posteriormente, mostrando que, no futuro, o pivot deve ser previamente informado das imagens que acompanham as reportagens.
E, respondendo ao seu comentário, esclareço que conheço bem o mundo da televisão...

pvnam disse...

A discussão da orientação sexual não é assim tão importante, leia-se: há que valorizar a disponibilidade emocional para educar/criar crianças.
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Explicando melhor:
-> Muitas mulheres heterossexuais não querem ter o trabalho de criar filhos... querem 'gozar' a vida; etc;
-> Muitos homens heterossexuais não querem ter o trabalho de criar filhos... querem 'gozar' a vida; etc;
-> CONCLUINDO: é uma riqueza que as sociedades/regiões não podem deixar de aproveitar - a existência de pessoas (homossexuais ou heterossexuais) com disponibilidade para criar/educar crianças.
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---> Já há mais de dez anos (comecei nos fóruns clix e sapo) que venho divulgando algo que, embora seja politicamente incorrecto, é, no entanto, óbvio:
- Promover a Monoparentalidade - sem 'beliscar' a Parentalidade Tradicional (e vice-versa) - é EVOLUÇÃO NATURAL DAS SOCIEDADES TRADICIONALMENTE MONOGÂMICAS...
{ver blogs http://tabusexo.blogspot.com/ e http://existeestedireito.blogspot.pt/}
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P.S.
Bandalheira: pessoal que não se preocupa com a construção duma sociedade sustentável (média de 2.1 filhos por mulher)... critica a repressão dos Direitos das mulheres... todavia, em simultâneo, para cúmulo, defende que... se deve aproveitar a 'boa produção' demográfica proveniente de determinados países [nota: 'boa produção' essa... que foi proporcionada precisamente pela repressão dos Direitos das mulheres - ex: islâmicos]... para resolver o deficit demográfico na Europa!?!?!
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P.S.2.
Direitos que aqui o je já vem divulgando há alguns anos:
1- O Direito à Sobrevivência de Identidades Autóctones : ver blog "http://separatismo--50--50.blogspot.com/".
2- O Direito à Monoparentalidade em Sociedades Tradicionalmente Monogâmicas: ver blog "http://tabusexo.blogspot.com/".
3- O Direito ao Veto de quem Paga: ver blog "http://fimcidadaniainfantil.blogspot.pt/".