Ontem, enquanto mais de três milhões de telespectadores assistiam ao "debate tido por crucial" entre António Costa e Passos Coelho, eu assistia no Auditório dos Oceanos do Casino de Lisboa, com a sala cheia, à estreia da peça "Nome Próprio".
Escolha acertada a minha, já que hoje, sempre que ligo a televisão, tenho sido bombardeada, com peças avulso do mesmo, o que deve ser muito pouco estimulante para aqueles que o visionaram em primeira mão. Portanto, sobre o duelo nada tenho a acrescentar. Aliás, duvido muito que - mesmo que não tivesse saído -, a minha preferência não tivesse ido para leitura de um bom livro.
Assim, falo-vos da peça. Que constitui pura diversão e nos permite estar uma hora e tal sempre com um sorriso nos lábios ou a rir com verdadeiro gosto.
Ter José Pedro Gomes no palco é garantia de boa disposição e, no meu caso particular, também de boas saudades de António Feio. Mas aqui ele está muito bem rodeado de Aldo Lima, Ana Brito e Cunha, Joana Brandão e, surpresa muito agradável, do estreante teatral Francisco Menezes, que todos conhecemos de outras vidas.
Não é, graças a Deus, uma peça filosófica ou um ensaio intelectual. É uma conversa cheia de humor entre amigos e familiares, muito bem encenada por Fernando Gomes - um homem que não desiste daquilo que faz muito bem - e que, por uma hora, nos consente esquecer o pesadíssimo ambiente que vem marcando esta nossa rota dos caminhos eleitorais.
Um obrigada à Força de Produção e ao Casino, que nos permitiram tão auspiciosa trégua!
HSC
10 comentários:
Tem razão. Perdi hora e meia e depois ainda tive necessidade de ouvir o MRS para ver se ele tinha apreendido alguma coisa.
Melhores cumprimentos.
...teleespectadores...
Gralhas
Está também para estrear (a 23, julgo eu) uma peça com Diogo Infante e Alexandra Lencastre. Sobre a peça sei (ainda) muito pouco. Mas, se tem Diogo Infante, tenho a certeza absoluta que também valerá a pena vê-la. Aqui fica, pois, a sugestão. :)
Beijinho
Boa noite!
Que bom programa,bem melhor do que o do vale das rosas que o Ps tenta impingir.Ele bem pode ir ver essa peça para ver se aprende a sorrir e perde a azia.
Ainda bem que não viu o debate pois os intervenientes já são bem conhecidos.Um esclarece calmamente os assuntos,o outro,aquele que a sonhadora mulher já se julga vir a ser - mulher do 1 Ministro morenão,ou seja do Sr.ninguém,se as palavras fossem balas teríamos um atentado.
Só saíu a ganhar cara Dra Helena.É sorrir para não chorar...
Anabela
Que bom saber que ficou satisfeita com a escolha que fez. Eu também faria o mesmo, se pudesse. Nos tempos que correm e vamos vivendo é bem melhor ocuparmos parte do nosso tempo tão precioso com algo tão gratificante que nos enriquece e causa prazer. Bem necessitamos disso. Isabel Q
Olá,
Também não vi o debate.Já não tenho paciência para assistir a cenas de não esclarecimento!
Tinha como programa, fazer uma caminhada com amigas, mas o tempo pregou uma partida, começou a chover!
Fiquei em casa e aproveitei para ler. Se o livro em causa, é bom ou não? Tenho dúvidas?!
Mas não fiquei com pena de não assistir ao confronto, ele não iria mudar o meu sentido de voto!
Ainda bem que gostou do seu programa.
Um abraço,
Bom dia Helena
Gostava da dupla António Feio/José Gomes, tinham um humor natural. Nem todos os humoristas fazem humor,alguns até são bem desengraçados lançam piadas/sem piada.
O elenco é convidativo, tenho a certeza que se divertiu.
Carla
Eu vi o debate, aliás todos cá em casa. Se fiquei esclarecida? Não, claro!
Mas este tipo de debate, com um tempo tão reduzido, não pretende isso mesmo pois seria impossível nessas condições.
De qualquer modo, nestas alturas gosto de ver os debates e tirar as minhas conclusões, poia alguma coisa se vai sabendo.
Bjs
Já fora do tempo normal para comentários a este poste,
gostaria de lhe recomendar uma excelente peça de teatro
na Comuna "Play Strindberg". Vale a pena ver, e o teatro precisa cada vez mais de espectadores, ainda mais quando a qualidade é muito boa, sobre vários aspectos,texto, encenação e interpretação.
Desejo-lhe uma boa semana.
🌷
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