sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Uma visita feliz




Não sou muito dada a "pedir" coisas à família. E quando, in extremis, o faço, é sempre à minha cunhada Paula, mulher do meu irmão mais novo, para quem sou um misto de amiga, mãe e irmã. Ora acontece que ela está em Moçambique, onde o marido tem uma enorme obra de engenharia e eu andava com imensa vontade de ir a Campo Maior ver as ruas cheias de flores. Porém a vontade de guiar até lá era pouca.
Foi quando decidi que era altura de me fazer valer da condição de mãe e pedir companhia. Confesso que admiti não ser a ocasião muito oportuna, mas que diabo, sendo tão pouco useira, também merecia ser atendida.
Vá lá que a sugestão não caiu em saco roto e eu tive o prazer que qualquer mãe tem - e que infelizmente, agora, tenho pouco - de passear com um filho e de ver respeitada a privacidade desse passeio pela grande maioria dos fotógrafos da comunicação social que por lá andavam e compreenderam o lado exclusivamente familiar da visita. Ainda deve ter havido uma ou duas fotos, mas foi coisa pouca. Julgo eu.
Vim maravilhada. A criatividade, a originalidade, as horas de trabalho voluntário que tudo aquilo representa para dar a conhecer uma das mais belas zonas do meu Alentejo, são impressionantes. E como sou uma beirã alentejana, aquela prova de amor regional tocou-me profundamente. Como me tocou igualmente, devo confessa-lo, a prova de amor filial, numa altura em que o tempo não sobra para os deleites familiares.
A completar a minha satisfação pude, ainda, contar com a companhia de um sobrinho muito querido, que não sendo já da minha família, nunca deixou de o ser no meu coração e que foi um excelente cicerone porque, vivendo em Elvas, já tinha visitado Campo Maior.
Foram muitos quilómetros numa só tarde e, apesar de hoje estar um pouco "partida" - a idade não perdoa e eu andei imenso a pé por todas aquelas ruas enfeitadas - a verdade é que valeu bem a pena a visita, como valeu bem a pena ter abraçado o comendador Rui Nabeiro, pessoa que muito estimo e tem sempre para comigo a maior das atenções.
A festa encerra no próximo Domingo. Se ainda não foi, aproveite e vá. Vale muito a pena!

HSC

21 comentários:

Anónimo disse...

Maria (publicamente anonima)
Boa tarde Dr.ª Helena,
Conheço muito bem estas festas, já fui lá vários anos. Desta vez ainda não passei por lá. Fez muito bem em fazer essa viagem. Apesar de ser cansativo vale mesmo a pena o esforço. É mesmo maravilhoso. Também aprecio muito o trabalho manual que aquelas pessoas fazem.
Ainda bem que gostou e que foi em boa companhia. O sobrinho que a acompanhou também é mesmo uma boa companhia.
Beijinho
Maria M

Isabel Mouzinho disse...

Também já estive na festa das flores, há muitos anos (mais de vinte). E, curiosamente, também foi uma visita familiar, inteiramente no feminino: fui com a minha mãe e a minha irmã que chegou a dar aulas dois ou três anos e tinha vivido no ano anterior em Campo Maior. Guardo dessa visita maravilhosas recordações com mil motivos.
Vale muito a pena passar por lá sim, Helena. :)

Beijinho

Silenciosamente ouvindo... disse...

Ainda bem que foi e gostou.
Eu sempre que posso vou.
É realmente de admirar os trabalhos
manuais de tanta gente.
Claro que é cansativo, mas os olhos
ficam tão felizes...
Cumprimentos
Irene Alves

Anónimo disse...

Nunca fui a Campo Maior e portanto usufruir desse momento. Estou reformada e apesar do gosto decerto não irei até lá por falta de companhia e de transporte. Mas fico feliz por quem possa visitar e desfrutar desse ambiente de festa e momento maravilhoso que é o de apreciar o esforço, dedicação, trabalho desses grandes artistas. Agradecida pelas fotos. Isabel Q

Madalena Amaral disse...

Eu já fui há quatro anos. Vale mesmo a pena ver aquele trabalho todo feito artesanalmente na Festa do Povo, em Campo Maior!
Este ano também estive em Tomar. É outro acontecimento a não perder, mas agora só daqui a quatro anos.
A sua vontade, Dr Helena, de apreciar a vida na sua plenitude é exemplar e dos raros!... Assim se mantenha! É muito bom dar estes testemunhos.

Unknown disse...

Olá,
Visitei Campo Maior no domingo 23. Conhecia toda aquela beleza através da TV.
Ainda não tinha sido possível, contactar com tamanha maravilha, pessoalmente.
Mas este ano é que foi!
Com um grupo de amigos, lá rumamos a Campo Maior. Confesso que achei a viagem
muito cansativa.São muitos kms - moro em Caldas da Rainha, para um dia só é muito.Mas valeu a pena!Tanta beleza, simpatia, por momentos tive a sensação de que estava num outro planeta.Muitos portugueses, mas muitos, muitos espanhóis!
Não abracei o Comendador, mas tirei uma foto há sua estátua, para memória futura.É uma pessoa que admiro muito e respeito, como cidadã.
No entanto, as festas de Campo Maior, hoje, não são o que eram outrora - só populares - hoje, existe uma máquina por trás de toda a organização, à qual tiro o chapéu.

Um grande abraço

Anónimo disse...

🌷

Anónimo disse...


Leio, de há muito, e com o bom sabor que sempre transmitem as suculentas crónicas da Sra. Dra. Helena!
Porém, se matérias houve, quilómetros de prosa escritos, em que a genuinidade foi tão perfeita, quase como quem respira, a de hoje – e desculpe-me a ´confissão - isso não oferece!
Não são as flores, ”a criatividade, a originalidade, as horas de trabalho voluntário que tudo aquilo representa”, mais ainda a simpatia do povo alentejano e tudo o que, em substância, à justificada ida a Campo Maior se referem, que impressionam, não! São antes a forma como a visita (não podemos ter a consciência que o ´é´, em todo o momento e onde esteja!) do Sr. Vice-Primeiro Ministro de Portugal – aqui cidadão, tão e só, claro - mais sua amicíssima mãe são tão, como dizer?..., digo, angélica e simplesmente descritos! – sem dizer que não foi verdade, não acredito, ´jamais´, que tenha sido ´só´ assim: sem fotografias (1 ou 2, ?!...), sem curiosidade popular, sem bruááás, ´olha quem vai ali´… etc, etc, : as coisas costumeiras em situações tais, e no país que somos!...
A não ser, a não ser que, “ a maior das atenções” do Sr. Comendador referido - porque, quer queiramos quer não, há situações e situações! - mais a Organização de tão linda festa, tenham proporcionado (e porque não?) uma visita preferencial ao senhor seu filho com sua mãe (ou vice-versa), mais todos os acompanhantes com convite expresso – ou não!
Este será o País real – o da alcofa de vime com o farnel lá dentro, mais o garrafão palhinhas com bom tinto para dar cor!... O resto, bem o resto, será…. ´poesia´!
Com a consideração e respeito devidos, permita-me, Dra. Helena, cidadã de Portugal, o desabafo.
Ou, doutra forma, ´vejo-me anjinho´; a quem, católico, mas não muito praticante, seria obrigado a amputar das asas!...

Fatyly disse...

Nunca fui mas gostaria de ir, porque toda a gente que vai só diz maravilhas e as fotos que mostra são belas.

Ainda bem que gostou e que teve a companhia do seu filho e que a comunicação social vos deixou em paz.


Um abraço

Anónimo disse...

Caso para dizer - uma flor entre as flores.
Pedro

Anónimo disse...

Ó Dra Helena,penso que seria um enorme gosto para o Ambrósio levá-la a passear.Só não tem motorista ao dispôr porque não quer,digo eu!:-)))
Teresa

Helena Sacadura Cabral disse...

Ó Anónimo das 17:50
Escusa de especular. O que por aí já vai. Eu falei em fotos da comunicação social. E, sim, foram, na maioria bem compreensivos.
Não falei em fotos dos amabilíssimos alentejanos que quiseram faze-las comigo. Sim, caro Anónimo, lá em Campo Maior, eu fui mais requisitada do que o meu filho. Também acontece!
O país real é muito mais caloroso do que descreve no seu comentário. E ainda há uma mãe que, felizmente, se pode dar ao luxo de passar uma tarde a passear com o filho. Como faria com o Miguel se ele fosse vivo. Quem me dera faze-lo a três.
Não politize tudo, porque isso azeda a sua vida!. Ainda há aquilo que são apenas laços de amor. Por muito que não acredite. O que é pena!

Anónimo disse...

Com o devido respeito, Dra. Helena, até estamos de acordo!... Porque é, exactamente, a sua - da Senhora, na crónica - , não descrição real do país real, a que me quis referir!...
Quanto aos laços de amor, felizmente, sei bem o que são, e vivo, também bem, os mesmos!
Quanto a política, felizmente também, não será por aí que azedo!(Só, e, pessoalmente, admirava bastante a ´postura´ de bem sabe quem - pena que não possa fazer passeios a três).
(também se engana, está a ver?)!
Quanto ao país real, veja como tenho a obrigação de o conhecer: vivo nele, todos os dias!
Tudo de bom para a Senhora.
(anónimo das 17:50)


maria isabel disse...


Que bom ter sido um belo passeio em família.É muito muito merecido.
Só prova que quando há vontade em fazer um agrado à mãe o tempo aparece.
Venham mais dias assim
abraços
Maria Isabel


Anónimo disse...

É muito bonito.Mais vilas,aldeias e até cidades deviam seguir este bom exemplo.De facto notável a entrega na confecção destas flores e ornamentação das ruas.O pormenor das flores nas janelas e portas das casas,etc...
Digno de um filme do Walt Disney.Ainda há quem faça magia no mundo de hoje e isto é que é de louvar..
Um aplauso para Campo Maior e bem haja quem partilha.Só podia ser um passeio feliz de mãe,filho e sobrinho...
Maria

Anónimo disse...

O seu filho Paulo já me fez um elogio rasgado - num jantar -, a uma determinada sobremesa que a senhora faz.O que prova que mesmo não estando presente ele a tem sempre presente.Também reparei que num lançamento de um dos seus livros,ele disse que um dia também gostaria de deixar um testemunho do que aprendeu consigo,e com o pai.Mas que seja num tempo muito distante,sinal que,a quer do seu lado.
Só posso dizer que é um bom filho,não será perfeito,mas também assim é que tem piada.
Passeio feliz,claro que sim!Só podia ser assim.
C

Anónimo disse...

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:-)

Unknown disse...

Olá,

Dra.Helena,não está fácil? Está até muito complicado, mas uma boa gargalhada ajuda a recompor.
Tenho pena de não a ter encontrado (fomos em dias diferentes), porque se assim fosse, teria todo o gosto em lhe pedir para tirar-mos uma selfie!
Eu e a Dra.Helena, claro!

Um abraço,

Anónimo disse...

Leninha em Campo Maior


Poisou a caneta e a régua
E lá foi com seu Amor
Passear em Campo Maior.

E as pernas sem trégua
Lá andaram sem dor
A apreciar Campo Maior.

Já a alma não amua
Pois encantou a rua
Mesmo não indo nua.

Só faltou a estátua
Em cima da xarrua
Puxada pela égua


Ó,a alegria seria mútua
E não da catatua
Que até podia ser sua.

Poema de fim de tarde com um Gin

Anónimo disse...

Abençoado passeio, bem merecido por si e pelo seu querido filho! Que os possa fazer durante muitos anos, seja qual for o lufar que ele ocupe. É bom não esquecermos que ele, apesar de uma carreira política iniciada muito cedo, tal como o queridíssimo irmão Miguel, estudou e tem uma profissão~. Não se trata de funcionários políticos e isso é válido para cada um deles. Tratou-se sempre de dois cidadãos educadíssimos, cultíssimos e doces, coisa que muita gente, para nosso mal e infelizmente, não percebe, porque desconhece.
ABRAÇÃO para ambos.
Uma grande amiga do Miguel e também mãe

cenas da minha vida disse...

Fico muito contente que tenha ido e que tenha gostado.
Sou Campomaiorense de gema, e tenho um orgulho imenso na minha terra e nas nossas festas!
Um beijinho