Acabou o Câmara Clara. Como já antes acabara o Acontece. Ou a Livraria do João Paulo Sacadura. E como acabarão os programas cujo share economicista seja a determinante da sua existência.
Paula Moura Pinheiro tem um conceito de cultura e de serviço público. Sabe o que faz e fa-lo bem. Além disso é mulher, é bonita e é inteligente. "Defeitos" que, no panorama actual não são muito apreciados.
Por que caminhos nos estarão a levar?!
HSC
18 comentários:
CLARAMENTE ACONTECE
que a cultura interessa pouco e não dá contrapartidas publicitárias...
Mas afinal não estamos a falar de serviço público?
Cada vez que alguém sabe e quer fazer melhor alguém se apressa: Menos... menos... menos...
Deve ser esse o caminho:Cada vez menos. Até onde? Veremos.
Helena,
Tempos difíceis, estes. Quando um país despreza a sua cultura e acha dispensável a sua divulgação muito mal vamos, muito, muito mal.
Um abraço, Helena.
O padrão cultural do ministro dos «media», o inefável Relvas, passa por outras latitudes.
A boçalidade dos chamados programas de entretenimento que pululam nas televisões manhãs e tardes inteiras, qual incentivo ao analfabetismo cultural, estão mais conformes com quem acha que se podem tirar cursos sem estudar, melhor, sem sequer se ter frequentado as aulas.
Isto anda tudo ligado.
Isto é tudo tão triste.
Tentam guiar-nos pelo menor denominador comum e o maior lucro imediato.
Que pena eu não ser capaz de fazer copy past do que aqui escreve para colocar na minha página (utilizo facebook como caixa de ressonância do que subscrevo). Resumindo "Partilho"
Bjs
Rosa Maria de Sousa
Como é possivel que serviço publico acabe com programas destes e vão destruindo a pouca qualidade existente...lamento muito.
Concordo quando diz que é uma mulher bonita e sabedora era um regado para a alma num horário em que os outros canais nos dão o que de mais estúpido existe...lamentavel
Boa tarde,
Aparentemente, temos cada vez mais formas de expressar as nossas opiniões e de ter acesso a informações, conhecimentos, saberes, mas, na realidade, cada vez mais nos embrenhamos numa ilusão ...
Tudo o que é mais útil à nossa existência física e mental vai-nos sendo retirado, à conta da poupança, à conta da crise, enfim, à conta de um qualquer argumento que, analisado à lupa, pouco vale.
E, de repente começamos a pensar, daqui a nada se a pessoa não dispor de condições financeiras para tal, volta ao tempo da idade média, em que a cultura e o saber eram só para alguns ...
De facto, começa a "meter medo".
Cumprimentos
Cláudia
'Câmara Clara' é mais que Paula Moura Pinheiro.
É serviço público de televisão.
Cumprimentos
Quem tomou esta decisão é de uma ignorância tremenda. " Reformula -se " o bom pelo mediocre. Para onde caminhamos, meu Deus?
Carmen
Caro Observador
Claro que Camara Clara é mais do que Paula Moura Pinheiro. É dos profissionais de dentro e de fora da RTP e dos convidados que lá foram. Mas o rosto do programa, a forma como a conversa flui, enfim o mensageiro, esse, creio poder dizer que é a Paula. A mensagem, o serviço público excelente é, indubitavelmente, de todos!
Claro, neste momento o que interessa á grande maioria da população é "casa dos segredos" não lhes interessa para nada a cultura...
No meio onde trabalho eu vejo isso, livros? são caros e gastamos o dinheiro noutras coisas,ouço isto quando me queixo que gostaria de comprar tal livro...
Enfim...o que conta é o dinheiro e a cultura não rende na TV.
O que conta é o Share....
E o share diz que a esta hora está uma percentagem demasiado elevada noutro canal, logo não tem rentabilidade.
São estes os caminhos, da análise do share, do empobrecimento cultural, da formatação em massa = reality show´s pobres e decadentes com apresentadores demasiados preocupados com o share...
Um abraço.
O rumo é assustador...quanto mais "brutos" melhor!!!
Nem quero imaginar a RTP na mão de generais Angolanos...
Assustador!
Pior do que terem acabado é a certeza de que não serão substituídos por outros similares. Até isto nos tiram!!
Tal como na alimentação temos na tv como alimento do espírito e do pensamento, fastfood, junkfood, intoxicações.
Um deserto cultural e afectivo.
Apenas me foi possível ler hoje este seu comentário. Tal como a Helena estou apreensiva com o que está a acontecer à cultura.
Contudo, já se antevia, que uma área que foi "despromovida" para uma secretaria de estado teria um desinvestimento. Sei que a época é de crise mas tal não justifica o que não estão a fazer. Aliás, ouvindo ontem as afirmações do Dr. António Borges sobre o serviço público de televisão, nas quais considerou que este é feito pelo canal 1 porquanto o canal 2 é para um público residual (não teve coragem de utilizar o termo elite), dissiparam-se quaisquer dúvidas (se porventura as tivesse) sobre o que pensam sobre a cultura os conselheiros do PM.
caminhos...mal frequentados...
~inês
Enviar um comentário