Adoro esta mulher moça e formosa,
Que à janela, a sonhar, vejo esquecida,
Não por ter uma casa sumptuosa
Junto ao Rio Amarelo construída…
- Amo-a porque uma folha melindrosa
Deixou cair nas águas distraída.
Tambem adoro a brisa do Levante
Não por trazer a essência virginal
Do pessegueiro que floriu distante,
No pendor da Montanha Oriental…
- Amo-a porque impeliu a folha errante
Ao meu batel no lago de cristal.
E adoro a folha, não por ter lembrado
A nova primavera que rompeu,
Mas por causa de um nome idolatrado
Que essa jovem mulher n’ela escreveu
Com a doirada agulha do bordado…
E esse nome… era o meu !
Esta poesía foi roubada do
www.timtimnotibet.blogspot.com, uma casa que visito diariamente, sempre com acrescido prazer e cujo autor é um dos nossos grandes poetas. Também tem, além desta vocação, uma profissão.
Não sei explicar porque me apeteceu fazer este esbulho. Mas gostei tanto dela, neste cálido tempo de primaveras asiáticas, que me pareceu que o prazer que vos daria perdoaria o crime confessado...
HSC
4 comentários:
Cara HSC
As rimalhices desta noite da velha Senhora, diz ela que só lembarâo António Feijó por serem patéticas (sempre) como o título dum poema dele e pretenderem ter o humor que ele tinha e ela, coitada, nunca terá.
O seu post 'Mais respeitinho, por favor!', já do dia 8, confesso que só ontem o li à velha Senhora. Ficou delirante com o último comentário, de um tal brrr, e desatou a rimalhar, asneirando e bebericando:
mas quem dava em presidente
era claro a amiga helena
boa honesta inteligente
com ela valia a pena
não fui eu a proponente
mente a minha tão pequena
helena pra presidente
dou-lhe o meu apoio ardente
velha sou de pouco valho
menos vale quem não tente
livrar-nos do enxovalho
do presidente presente
pla helena tudo rimalho
helena pra presidente
rima não há indecente
seja boa seja à toa
de bocage ou gil vicente
e até dizem do pessoa
não ofende boa gente
não se ofende gente boa
helena pra presidente
Amigo impenitente
Diga à Velha Senhora
Que a Helena é doutora
Mas tem cabeça assente!
Impenitente é a nossa velha Senhora, nanja eu, coitado. E chata, e impertinente:
o meu 'verso' amiga helena
mata mo mata e mente
francamente mo condena
não melhoro francamente
rimalhice é-me pequena
brincalhotice dolente
melhor pior é faena
com que não ocupo a mente
que alcipe mata
cuide dos seus
versos poéticos
e não me bata
nos 'versos' meus
vãos e patéticos
Cara HSC
A 2.ª linha da versalhice deve ler-se:
'o mata mo mata e mente'
A velha Senhora, pitosga que é, espero não dê conta deste meu erro de transcrição, que lhe estragou a métrica. Senão, cobre-me de palavrões.
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