Eu sou amiga da Rita Ferro. Não podiamos ser mais distintas uma da outra. Mas há anos que nos une uma amizade à prova de bala. Tem grandes qualidades, mas sobretudo, para mim, é amiga do seu amigo, e possui um enorme sentido do humor. E, para terminar, temos ambas uma amiga comum, a Rocha, que derime todas as nossas diferenças e acentua aquilo que nos aproxima, muito em particular, a gargalhada solta e livre que se dá, à minima patetice que uma qualquer de nós se lembre de dizer.Ontem a Rita fez anos. A casa estava cheia de amigos. E bastava olhá-los para se ter a noção da diversidade de que eles são feitos. Havia jovens, os da geração dos filhos e havia adultos cuja profissão ia do professor universitário, ao comentador televisivo, do escritor ao actor. Tudo, mas mesmo tudo, numa saudável confraternização.
Aqueles amigos todos gostam da Rita como ela é, embora possam discordar dela em imensa coisa. Mas há uma transbordância humana, um excesso temperamental que, diga-se o que se disser, faz realmente dela uma pessoa especial, que se ama ou se detesta, mas à qual jamais se é indiferente. Eu pertenço, felizmente, aos primeiros!
HSC















