Recordo tudo o que neste blogue escrevi sobre o estado da nação. Recordo os discursos otimistas do eng Socrates e as sua invectivas contra os "bota baixistas" de serviço. Recordo os empolgamentos com crescimentos de 0,7%, dos quais continuo, aliás, a duvidar. Recordo todas as mentiras e encobrimentos que foram cometidos. Recordo todos aqueles que se indignavam do pessimismo de certos analistas ou opinadores. Recordo que os socialistas governaram o país durante mais de treze anos. Recordo tudo e não me esqueço de nada.Resta-me apenas perguntar, depois dos discursos de hoje, onde estão os otimistas nacionais...
HSC
5 comentários:
Pronto!
Sócrates: «Estas medidas só são tomadas quando um político entende em consciência que não há nenhuma alternativa. Foi essa a conclusão a que cheguei agora, e não em Maio»
"O povo tem que sofrer as crises como o Governo as sofre." Almeida Santos, presidente do PS, esta noite, no largo do Rato"
Estão aqui: http://duas-ou-tres.blogspot.com/2010/09/hoje.html
Bom dia Helena!
Optimismo,bem... Mas como é que queremos ser um país rico ou mais ou menos sem ou quase sem (lembro-me da excepção do Corte Inglês) investimento estrangeiro (que não haverá com este IVA) e quando não produzimos nada (apetecia-me dizer "a ponta de um..." please pardon my Franch Ma'am!)para além de uma latitas de conserva, já ultrapassadas no mercado mundial pelas marroquinas. Rolhas, já nas boas garrafas de vinho, por aí na Europa, há-as de enroscar, os lanifícios vêm do Oriente (já viram a cashmere de 2ª a preços bastante razoáveis?), a mão-de-obra também, a construção civil desmedida é obsoleta, não fabricamos carros próprios, parece que vamos montar uns Embraer, temos alguns vinhos bons e algum bom azeite, chega? Por outro lado, temos a "chulice" de call centres a dar com uma pau. Um país de intermediários. A Inglaterra hoje em dia também o é. É e foi, embora já tenha tido indústria. Faz jus a Napoleão, "a country of shopkeepers", mas com a "Commonwealth" e com a Bolsa do Mundo por onde passa mais dinheiro por dia, lá se aguentam, "ratos como eles são...!" Nem fazemos, nem muito menos inventamos, novos "chips". Como será então possível optimismo, riqueza? E não falo só de Portugal. Adivinham-se grandes mudanças no Globo.
Falta aqui, a meu ver, capacidade inventiva, capacidade de risco, capacidade de espera (retorno no investimento a cinco anos e nunca antes - creio que a maior parte dos empresários portugueses recolhe lucros no fim do primeiro ano -assim não!)
E acabo este... artigo (?). Como será possível obrigar os empresários a mudar de atitude? Como será possível obrigar os potenciais inventores a inventarem e a não partirem para o estrangeiro? Criando situações de pesquisa mais atraentes? Mas com que dinheiro? Como obrigar as pessoas em geral a serem menos aldrabonas, à chapada?
Tenho dito.
Raúl.
Prezada Drª Helena, pergunta muito bem, mas à sua pergunta eu acrescento esta outra:e não podemos nós, os cidadãos deste país, pôr uma acção contra estas pessoas por crimes de gestão negligente e danosa das finanças nacionais? Parece que já outros povos o terão feito.
Cumprimentos
ISC
Caro Paulo
Há quatro meses não concordava com "estas" medidas. Concordava, sim, com uma redução da despesa que fosse superior ao aumento das receitas.
Há um ano que muitos economistas chamavam a atenção para a necessidade de tomar medidas destas. Se tivessem sido oportunamente tomadas agora não estaríamos aqui.
Só que houve eleições em que tudo foi prometido e a crise se negou. Mais, o governo até já se rejubilou com o desenvolvimento e se disse que "já tinhamos saído da crise".
O que me indigna é a mentira permanente. E a falta de prestação de contas ao país. Há várias perguntas a fazer
1. O que é que correu mal?
2. Onde correu mal?
3. Porque é que correu mal?
Sabe responder-me, ou viu respodida alguma delas?
O debate de hoje foi uma vergonha. O PM não respondeu a nenhuma das questões postas e Louçã teve toda a razão na pergunta que lhe fez...
Agora até já percebo melhor o negócio da PT!
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