Para uma grande parte dos portugueses, amanhã será o retorno ao trabalho. Para mim, que ainda não saí dele, será antes o regresso da cidade à quase normalidade. As televisões voltarão a ter as mesmas caras a darem as más notícias, os frente a frente serão retomados, os debates para as primárias no PS terão início sem que se vislumbre grande novidade, para além de uma piadas indirectas de mau gosto, os cinemas estrearão novos filmes e, passado o Natal, iremos ser de novo bombardeados com os esclarecimentos eleitorais para os meses seguintes. Portanto, a leste nada de novo. Apenas lá por Bruxelas e Estrasburgo algumas dificuldades estão a surgir para conseguir apanhar umas mulheres para cumprir o sagrado dever das quotas. É que aquelas estão cada vez mais lúcidas e a prestar-se, cada vez menos, para as "representações" que lhes pedem. Fazem bem, porque esses papéis não nobilitam ninguém e nós não existimos para "fazer número".
E o mundo, assanhado como anda por umas guerrazinhas, é capaz de vir a ser confrontado com uma muito séria, dado que os príncipios básicos que presidiram à constituição da UE, parece que já estão esquecidos. Passámos pelas guerras económicas e financeiras, pelas religiosas e voltamos às militares, que julgámos estarem ultrapassadas. Mas o mundo não aprende.
HSC