Uma das minhas loucuras são os livros. Mas, como as editoras me tratam bem, a conta fica aliviada no que a romances respeita. Mas os "canhanhos" de política, economia, sociologia e história? E as gramáticas, as enciclopédias e os dicionários, numa língua em permanente evolução? Cadê, como diriam os nossos irmãos brasileiros?
Ora bem. O tema, hoje, foi-me suscitado por um texto do nosso Embaixador em França que, num post, utilizou uma expressão que deu origem a vários comentários, inclusivé um meu.
Perante a dúvida que a dita suscitou, atirei-me ao velho Candido de Figueiredo, que era o que estava mais à mão. A dita, em lugar de ser esclarecida, alargou-se. Foi então que deitei mão a um dos meus 18 volumes do Houaiss que comprara precindindo, durante meses, de uma série de pequenas loucuras que dão côr à vida de qualquer mulher.
Mas, suprema vitória, lá estava a palavra e a confirmação da correcta interpretação que eu lhe havia dado. Soltei uma enorme gargalhada e, altas horas, telefonei a um dos meus infantes a contar a facécia e a discursar sobre o valor da cultura e dos benefícios que os gastos que ela arrasta, sempre comportam...
Do outro lado do fio um riso sonoro lembrava-me que eu só era forreta... com os vícios!
HSC
1 comentário:
Excelente humor, Helena! Num país tristonho como o nosso, sabe tão bem ler artigos destes...
Raúl.
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