sábado, 17 de outubro de 2009

Uma nova era...

Fala-se pouco dela. E, no entanto, a sua história faz lembrar, em 2005, a de Obama. Refiro-me a Michaelle Jean, a primeira mulher negra, governadora geral do Canadá, com estatuto de Chefe de Estado.
No último Nouvel Observateur ela conversa com Jean Gabriel Fredet e conta um pouco da sua vida. Nasceu em Port au Prince, um país de muita miséria, no qual passou a sua infância sob o regime ditatorial de Duvalier. Essa foi a sua primeira escola e fez dela uma "caribenha" francófona da América, que leva na alma a história da escravatura e da emancipação.
A primeira, inscrita na aventura da sua avó que educou cinco filhos agarrada a uma máquina de costura. A segunda, num país, o Canadá, para o qual foi com 11 anos e que fez dela uma jornalista célebre.
Michaelle representa a esperança de milhares de mulheres que, à semelhança do que aconteceu com Barak, olham para ela e acreditam que é possível vencer os preconceitos, vencer o género, vencer a cor da pele e chegar ao topo. Como aconteceu com outras antes dela, nomeadamente Indira Gandi ou Simone Weil, cuja arma maior foi, sempre, a sua enorme capacidade de dálogo!

H.S.C

9 comentários:

Daniel Monferrato disse...

Parece que um pouco por todo o mundo se vai caminhando para uma meritocracia.
Já pela terrinha...

Unknown disse...

Ouvi a sua entrevista na televisão e fiquei com a curiosidade afiada.Já andei a passear por este espaço e, pelo que vi,dou-lhe os parabéns.Michaelle Jean é uma mulher espantosa.Admiro-a muito.

Sabia que há outro blog com este nome?Como encontrar os outros dois que referiu?

Helena Sacadura Cabral disse...

Os outros dois são de "prosa poética e pode encontrá-los em:
duas-ou-tres-coisas-que-ja-sei.blogspot.com
e
duasoutrescoisasquejulgosaber.blogspot.com

Mas são experiências. Nunca tinha feito nada do género. Mas não me envergonho, veja lá!

Teresa disse...

Vi-a hoje na tv, É UMA GRANDE SENHORA!
Admiro-a muito.Gosto da frontalidade da MULHER que é. Comoveu-me a forma como entrou para o Banco de Portugal!
Estou a viver em Lisboa há cerca de dois meses. Vim para acompanhar o meu marido, numa mudança de vida profissional. Tive de deixar o meu emprego e naturalmente que ainda estou desempregada. Sabia que neste País há uma nova forma de racismo: mulheres com mais de 35 anos, já não servem para trabalhar...ainda que licenciadas e com experiência profissional!
Tenho 43...veja bem...já não sirvo para servir a sociedade...sinto-me muito revoltada com isto...é a vida! Um grande beijinho

myself disse...

Pois parece que fui apenas mais uma mulher que a viu hoje no "SÓ VISTO",e gostei,gostei muito!gosto sempre de a ver,ouvir,e ler,mesmo quando é uma leitura ligueira,(sem
por isso deixar de ser séria)
estou a lembrar-me da "QUERIDA MENOPAUSA" que tanto me divertiu.
Parabêns pela mulher,inteligente, dinâmica,alegre,acertiva,por esse
amor que demonstra pela vida,(adoro
vê-la dar uma boa gargalhada)e sobretudo pela franqueza que repassa das suas palavras,e sabe que mais ?eu tambêm pertenço ao grupo das que não teêm vocação para serem infelizes!!!
Um grande beijinho.

Tété disse...

Eu também a vi.
Helena, ela mesmo. Ser mulher e senhora é isso. Ter personalidade muito própria que não se deixa abalar mesmo quando a vida tenta pregar partidas ou trocar-nos as voltas. Como posso inscrever-me para ter aulas na sua escola?
Um beijinho de admiração

Reflexos disse...

Sempre que vejo os seus filhos, penso:
'Estes dois irmãos tiveram uns pais e uma educação fantástica! Dois irmãos criados da mesma forma e com destinos ideológicos tão diferentes, só podem ter tido ums pais que os ensinaram a encontrar o caminho deles e não lho mostraram/impuseram!' De outra forma nunca teriam seguido caminhos tão difernetes!

Sabia que a Helena era mãe deles, e sempre a admirei pela frontalidade.
A Helena está muito à frente de muitas mulheres de gerações mais recentes.

A nossa sociedade precisa de muitas mães e muitas mulheres Helenas.

E olhe que eu não digo isto todos os dias, pois tenho também eu, uma Mãe, aliás uns pais fantásticos que me fazem ter uma fasquia muito elevada

Beijinhos

Helena Sacadura Cabral disse...

Meus caros amigos, bem hajam pelas vossas palavras. Se valho alguma coisa, isso deve-se aos avós e pais que me amaram e às pessoas que, entretanto, cruzei na minha vida!

wine, wine and more wine.. disse...

Eu conheci primeiro como jornalista, e mt boa,da td de si naquilo q faz, a escolha dela para governadora geral foi um bocado controversa, Michaelle Jean tinha q seguir as pesadas Adrienne Clarkson,(a governadora antes de Michaelle Jean) Tb ela mulher, tb ela uma excelente jornalista, tb ela de minoria (nasceu em Hong Kong). Michaelle esta a fazere um bom trabalho. Sem duvida so nos falta e uma primeira ministra, tivemos uma mas so num governo de transicao.
Catia