sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

O FMI e nós!

Nesta quarta feira o FMI, no seu relatório sobre a economia portuguesa, veio insistir na urgência de um "plano de correcção orçamental credível" se quisermos manter a nossa "credibilidade internacional, duramente conseguida", no tempo do meu querido amigo Êrnani Lopes, a quem tanto devo no meu começo no Banco de Portugal.
Esse plano terá de começar já este ano, se quisermos evitar maior deteriorização das contas públicas. Em 2009 a economia portuguesa foi duramente afectada pela crise mundial com uma contração do PIB que se estima de 2,9% e uma subida substancial do desemprego para 9,6%. Para 2010, apesar de alguns pequenos sinais encorajantes, o crescimento deve situar-se nos 0,5%. Ora se não forem tomadas novas medidas o deficite irá crescer neste ano, e só em 2013 é que poderá vir a situar-se nos 5 a 6%, mas com um ratio de dívida que atingirá 100% do PIB.
"Para atingir o objectivo do governo de situar em 2013, o deficite em 3%, seria necessário que este ano ele se mantivesse ao nível anterior". Para o FMI esta "correcção orçamental passa por uma redução das despesas correntes, em particular salários e ajudas sociais e por um aumento das receitas". De acordo com aquele organismo internacional uma subida do IVA pode ser, também, uma outra opção.
A receita do médico especialista está, portanto, dada. Falta optar pela medicação a seguir: genéricos ou produtos de marca, paliativos ou intervenção imediata. Cada cabeça, sua sentença. Sem maioria absoluta urge que o governo e uma oposição tão alargada quanto possível, encontrem opções. Mas que nos não matem. Porque há quem não morra da doença, mas morra da cura!

HSC

3 comentários:

Anónimo disse...

Espectacular foto! Cheia de significado? Vamos ao fundo?
P.Rufino

Anónimo disse...

Será?...
A metáfora da dimensão da Preguiça...

Morrendo à sede...
Enterrada na água até ao pescoço...
Isabel Seixas

Anónimo disse...

Será?...
A metáfora da dimensão da Preguiça...

Morrendo à sede...
Enterrada na água até ao pescoço...
Isabel Seixas