segunda-feira, 9 de junho de 2025

O que vale mais: fidelidade ou liberdade?

Esta pergunta que um amigo me colocou deu origem a este texto. É uma questão que desperta dilemas profundos que atravessam tanto o campo das relações pessoais quanto o das escolhas existenciais. Fidelidade e liberdade, à primeira vista, podem parecer opostos. Um exige compromisso, o outro, autonomia. Mas será que um realmente anula o outro?

A fidelidade está ligada à constância, à lealdade, ao respeito a pactos feitos, sejam eles amorosos, familiares, ideológicos ou profissionais. Ser fiel é assumir uma responsabilidade com o outro, mas também consigo mesmo, pois exige coerência entre discurso e ação.

Por outro lado, a liberdade é a essência do ser autêntico. Representa a capacidade de fazer escolhas próprias, de seguir caminhos não impostos, de mudar de ideia, de recomeçar. A liberdade é, muitas vezes, associada ao direito de se ser quem se é, sem amarras.

O conflito surge quando a fidelidade começa a transformar-se em prisão, e a liberdade, em abandono. Ser livre não precisa significar irresponsabilidade, assim como ser fiel não deve significar sufocamento. O equilíbrio está em perceber que ambas as ideias podem coexistir. Uma fidelidade escolhida livremente tem muito mais valor do que uma imposta. Da mesma forma, uma liberdade que respeita vínculos e afetos é mais madura e duradoura.

No fim, talvez a pergunta não devesse ter sido “o que vale mais?”, mas sim “como fazer com que fidelidade e liberdade não sejam inimigas?”. Quando há diálogo, respeito e clareza de intenções, é possível ser fiel sem se aprisionar, e ser livre sem ferir.

MÃOS PEQUENAS, CORAÇÃO GRANDE

Já no top de vendas das livrarias.

 

1 comentário:

Pedro Coimbra disse...

Era essa precisamente a ideia que tinha quando li o título.
Ser livre sem deixar de ser fiel.
É assim tão complicado?