segunda-feira, 2 de junho de 2025

Lamentável banalização do aborto na tv



Com pesar, assisti recentemente a um anúncio televisivo que promovia o aborto como uma decisão simples, desprovida de implicações éticas, humanas e jurídicas. É profundamente preocupante que um tema tão delicado e complexo, seja tratado com tamanha superficialidade  num meio de comunicação de massa, que forma opiniões e atinge milhões de lares.

O ordenamento jurídico de muitos países - mesmo onde o aborto é parcialmente legalizado - reconhece que a vida humana merece tutela desde a conceção. Esse reconhecimento não é apenas uma norma abstrata: ele traduz o valor intrínseco da vida, sobretudo da vida mais indefesa, a que ainda se encontra no ventre materno.

Lamento que pouco ou nada se tenha dito, naquele anúncio - isso sim, seria informar - sobre os múltiplos e variados meios de apoio, hoje disponíveis, para que tal não aconteça. De fato é esquecer, voluntariamente, os métodos anticoncepcionais acessíveis, apoio psicológico, apoio à gestante, redes de proteção social, e tantos programas — públicos e privados — que existem exatamente para que nenhuma mulher precise recorrer ao aborto por desespero, medo ou abandono.

Sim, devemos ouvir e amparar as mulheres em crise, mas é justamente por respeito à sua dignidade — e à do ser humano que carregam — que não podemos aceitar uma narrativa que normalize o aborto como simples solução.

Promover a vida, o direito, o diálogo e a compaixão, não é um retrocesso: é o verdadeiro avanço civilizacional. Que nunca percamos a capacidade de proteger os mais frágeis com justiça e humanidade.

1 comentário:

Pedro Coimbra disse...

Há agendas muito particulares que se insinuam mais e mais no espaço público.
Sob o manto diáfano do progresso, têm um único objectivo - formatar cérebros.