O outono, para mim, traz sempre uma
sensação de introspeção e renovação. É aquela época do ano em que tudo parece
desacelerar, como se a natureza se estivesse a preparar para uma pausa. O ar
fica mais fresco, e as manhãs ganham um toque de neblina, dando uma beleza
melancólica ao dia a dia. Gosto de caminhar pelas ruas cobertas de folhas
secas, sentindo aquele aroma terroso que só o outono tem, e ouvindo o som das
folhas quebrando-se sob os meus pés.
Há algo de muito reconfortante
nesta estação. Talvez seja o contraste com a vivacidade do verão que a antecede
— o outono parece convidar-nos a ficar mais quietos, mais presentes no momento.
Adoro quando o vento começa a trazer um friozinho que pede por casacos mais
quentes, e também pelas primeiras chávenas de chá ou café quentes da temporada,
que aquecem as mãos e o espírito.
Para mim, o outono é como uma pausa, um momento para refletir. As folhas caindo lembram-me que é preciso deixar algumas coisas irem embora, assim como a natureza faz, para que o novo possa surgir. É um tempo para estar mais em casa, não só no sentido físico, mas dentro de mim mesmo, religando-me com o que é essencial
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