Fingir é algo que muita gente faz, e geralmente se deve a
razões de medo ou de insegurança. Pode ser por não se querer mostrar uma
fraqueza, por medo de não ser aceite ou até por se tentar proteger de situações
desconfortáveis. Às vezes, as pessoas fingem para se encaixar, para parecerem
mais fortes, ou porque sentem que, se mostrarem quem realmente são, vão acabar
magoadas ou rejeitadas.
Penso que, no fundo, todo mundo já fingiu em algum momento da
vida. Pode ser uma risada que se força numa conversa pouco importante, ou
fingir que está tudo bem quando, na verdade, se está desmoronando por dentro. É
uma maneira de lidar com as pressões diárias — das expectativas sociais, do
medo do julgamento, das responsabilidades que nós carregamos.
Mas fingir o tempo todo pode ser exaustivo. Vamo-nos
afastando de quem realmente somos, porque se está sempre tentando agradar ou
adaptar ao que os outros esperam de nós. E isso pode fazer com que nos sentamos
desconectados, perdidos, porque, no fim das contas, ninguém está realmente
vendo quem somos de verdade.
Então, no fundo, nós fingimos para nos protegermos, para evitar que vejam as nossas vulnerabilidades. Mas é um hábito perigoso. Quanto mais se finge, mais difícil fica ser autêntico e se aceitar como somos. E, às vezes, as pessoas que mais importam na nossa vida querem conhecer a nossa versão real, não a que inventamos para nos sentirmos mais seguros.
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