Desde que uma revista nacional publicou a lista dos homens mais ricos de Portugal e que o Partido Socialista anunciou medidas para combater as diferenças sociais profundas que continuam a existir cá no burgo, começaram a surgir artigos interessantes sobre a matéria. E com razão...
De facto o que é uma pessoa rica? Como se mede a riqueza de alguém? Pelo património? Pelo que ganha? Pelo estilo de vida? Pela ostentação? Todos sabemos que estes critérios não só são falíveis, como podem ser tremendamente injustos.
O escalão máximo de fiscalidade do rendimentos do trabalho apanha tanto indivíduos que ganham 2500€ por mês como aqueles que ganham dez vezes mais. E não se interessa muito por saber qual a composição do agregado familiar.
Por outro lado, os verdadeiramente ricos, aqueles que fizeram ou herdaram dinheiro e se limitam a viver do seu rendimento - parado, na maior parte dos casos, nos bancos - são taxados a 20%. E também aqui o tratamento continua a ser injusto porque esta taxa é igual para os que têm pouco e para os que têm muito. Ou seja a nossa fiscalidade em lugar de ser correctora de injustiças é a sua primeira fomentadora.
Precisamos de reformar toda esta área. Mas, sobretudo, de ter coragem de o fazer sem populismos!
H.S.C
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