Assim, o Diário Económico titula a notícia como "Economia portuguesa vai chegar às eleições em recuperação". E numa espécie de sub-título escreve-se. "Os economistas antecipam uma contracção menos intensa. O pior já passou mas a crise vai dominar a campanha eleitoral". Depois, o conteúdo do texto é bem diferente e refere os nossos dois pontos fracos: o investimento e as exportações.
O primeiro que se considera a componente de maior contributo negativo e as segundas que se julga serem a componente onde podemos depositar mais esperanças. Estas bem vãs, a meu ver...
Resumindo, a economia nacional vai continuar no vermelho, mas empola-se, para já, a menos acentuada contracção verificada no PIB no segundo trimestre, quando comparada com a que ocorreu nos três primeiros meses do ano. Logo, como se vê, a bonomia e capacidade previsiva dos analistas ouvidos pelo jornal é redentora.
O pior são os comentários dos "não alinhados", cuja leitura dos dados estatísticos é bem diferente, criticando a titulação dada ao assunto. Um deles, pela lucidez que revela, será objecto de um post meu aqui no Fio de Prumo.
Por enquanto, fico-me pela enorme capacidade tecnico imaginativa dos especialistas ouvidos que, julgo, poderão mesmo vir a ser aproveitados para escrever guiões tipo "Floribela"!
H.S.C
1 comentário:
Para este humilde, escutar "economia" de analista de fim-de-semana, assemelhou-se, ao longo destes anos, um quixotesco combate, um dilema semelhante à colocação do acento no "a" ou a "cedilha", onde a devo colocar? Então ratings e quejandos, nem se fala... é que se bem me recordo o do Citigroup e da AIG (perdoe-me a ignorância, onde ela sobejar!) era fabuloso, antes do colapso... ou seja - analista económico é meteorologista do dinheiro... o tempo... amanhã??? "o que é que acha ó chefe?" - é frustrante desconfiar do analista, do juiz, do meteorologista, do árbitro... e contudo, vão havendo motivos de sobra para desconfiar da minha própria sombra, quando não "há nada nem ninguém" por quem confiar...
Foi só um desabafo, deste, que teima em apropriar-se do "medo de existir", no seu próprio quintal
Leonardo B.
Bizarril
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