quarta-feira, 16 de abril de 2025

FOI…

De vez em quando apetece-me brincar á prosa poética!

Foi numa bela tarde de maio,
que o sol dourava os telhados
e um cheiro de flor tomava o ar.
As andorinhas riscavam o céu
como traços vivos de liberdade,
e o tempo, por um instante,
pareceu suspenso no calor brando da estação.

Na pracinha do bairro,
crianças riam em coro,
velhos jogavam às cartas
e alguém dedilhava um violão,
tocando uma melodia
que lembrava coisas antigas e boas.

E foi ali,
na curva tranquila daquela tarde,
que os olhos dela encontraram os meus —
e o mundo, antes tão sereno,
ganhou o tumulto doce
de um coração desavisado.

1 comentário:

Pedro Coimbra disse...

Que a pena lhe seja sempre leve.