A morte do Papa Francisco, para um católico, representa muito
mais do que a partida de um líder da Igreja. É como perder um pai espiritual,
alguém que, mesmo distante fisicamente, fazia parte do quotidiano da fé. Ele
tocou muitas almas com a sua humildade, a sua ternura e a sua coragem de romper
com formalismos em nome do Evangelho vivo.
A morte de Francisco será, para muitos católicos, como o
silêncio que fica, quando alguém que nos acolhia com o olhar, já não está mais
ali. Um vazio que dói, mas que também demonstra gratidão. Gratidão por um papa
que falava com o coração, que se deixava tocar pelo sofrimento do outro, que
amava os pobres e que ousava lembrar, incansavelmente, que Deus é misericórdia.
É possível que uma mulher, católica como eu, sinta neste
luto, algo muito pessoal — como se perdesse alguém que a compreendia, que dava
voz às inquietações da sua alma e que acreditava, sinceramente, que o Evangelho
podia mudar o mundo.
Ao mesmo tempo, há consolo. Francisco viveu como acreditava. A
sua morte não apaga o que ele plantou — ao contrário, talvez faça crescer ainda
mais o desejo de continuar o caminho que ele indicava, com passos simples, mas
cheios de sentido.
Para quem tem fé, a morte nunca é só ausência. É também presença transformada. E o Papa Francisco, como seu jeito doce e firme, provavelmente continuará sendo farol, mesmo do outro lado da eternidade.
2 comentários:
Irradiava uma luz única.
Vinda da bonomia, da simplicidade, da generosidade, da autenticidade.
Espero que a Igreja não conheça uma inflexão no caminho que ele apontou.
E alguns papáveis são assustadores na sua mundividência.
🤍
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