Quando
os pais passam a ser filhos, ocorre uma inversão de papéis que
pode trazer desafios emocionais e práticos para a família. Esse fenómeno é
conhecido como parentalização. Vamos explorar um pouco este tema que
começa a ser preocupante, face aos novos valores familiares e à agitação da
vida atual.
Ela ocorre quando os filhos
assumem responsabilidades e papéis normalmente reservados aos pais. É um
processo normal quando temporário, pois permite que a criança desenvolva
habilidades e compreenda os papéis parentais. No entanto, quando se torna
contínuo, pode gerar sofrimento para os filhos e distorcer o
equilíbrio familiar.
Causas possíveis
Carência emocional
dos pais: Quando os pais são emocionalmente carentes, podem buscar apoio e
consolo nos filhos.
Divórcio: Filhos de
pais divorciados assumem, frequentemente, mais tarefas e decisões do que os
outros.
Ausência de um dos
cônjuges: Se um dos pais é ausente ou falece, o filho mais velho pode tender a ocupar
o seu lugar.
Impactos:
Os filhos podem
sentir-se responsáveis demais e negligenciar as suas próprias
necessidades
Os pais podem evitar
enfrentar os seus próprios problemas, mantendo-se numa posição infantilizada.
Como lidar:
Reconhecer a inversão
de papéis é o primeiro passo.
Conversar abertamente
sobre as expectativas e limites.
Tentar a terapia
familiar para ajudar a lidar com os desafios emocionais.
Em resumo, a inversão de papéis entre pais e filhos requer sensibilidade, compreensão e busca por soluções saudáveis para o bem-estar de todos.
1 comentário:
À medida que vamos envelhecendo vamos necessitando de outro tipo de mimo.
E vamos ficando de novo meninos.
Que precisam de atenção, carinho, cuidados, prendas.
Vejo isso tanto nos meus pais.
Vou tentando corresponder, ainda que à distância.
Espero ter a sorte de um dia estar no papel deles.
E de ter quem me dê atenção e mimo.
E um ralhete ou outro de vez em quando que também é necessário.
Enviar um comentário