Jacinto Nunes
faz parte da minha vida. Da académica e da profissional, uma vez que o tive
como professor na Universidade, como Ministro e como Governador no Banco de
Portugal.
Acabo de saber, com a maior
tristeza, da sua morte. Foi, juntamente com Luís Teixeira Pinto e José da Silva
Lopes, das pessoas com quem mais aprendi e por quem tenho mais gratidão
pessoal.
Tendo ocupado
os mais destacados lugares na vida económica e financeira do país, nunca foi um
político e nunca se acomodou em qualquer sector da vida partidária nacional.
Tinha 88 anos e
não vivia com o desafogo que a sua carreira poderia justificar. No fundo,
continuava a ser o filho da aldeia onde cresceu e a quem a mãe sempre desejou
um futuro maior.
De todas as
actividades em que o servi - e foram várias - terá sido na Universidade e no
Banco de Portugal que mais aprendi com ele. Vão, infelizmente, desaparecendo
todos aqueles a quem devo a minha vida como economista!
HSC
3 comentários:
As pessoas boas, de maior mérito e de uma modéstia sem par são aquelas que mais rapidamente se esquecem.
No entanto, as pessoas de bem, que com ele conviveram, não esquecem.
if
Que descanse na paz do Senhor.
Fátima
Permita-me esta frase, estimada Helena: o que é bom acaba-se depressa. Depressa demais.
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