Morreu Vasco Graça Moura, poeta e tradutor de grandes poetas, romancista, ensaísta, dramaturgo, cronista, advogado, político, gestor cultural.
De Graça Moura poderá dizer-se que foi
um espírito renascentista a viver num presente demasiado conturbado para o seu
gosto pela ordem e pela disciplina.
Autor de quase 30 livros de poemas foi um
tradutor de textos particularmente difíceis, como a Divina Comédia e a Vita
Nuova de Dante, as Rimas e Triunfos de Petrarca, os Testamentos
de François Villon, ou ainda a integral dos Sonetos de Shakespeare.
Escolhas a que, cremos, não terá sido
alheio a sua enorme vontade de enriquecer o património literário disponível em
língua portuguesa.
É por estas duas dimensões - de poeta e
de tradutor -, que é mais reconhecido, e foram elas que lhe valeram as
principais distinções atribuídas à sua obra, de que se destaca, em 1995, o
Prémio Pessoa.
Dois combates haviam de marcar
igualmente a sua vida: a intervenção política e a crítica feroz conduzida
contra Acordo Ortográfico, que considerava um crime de lesa-língua.
Mesmo que nos fiquemos pela sua obra
literária, talvez seja necessário recuarmos a Jorge de Sena, para encontrarmos
um antecessor da sua qualidade. Ambos partiram cedo demais!
10 comentários:
Maldito este mês de Abril!
Duas vezes maldito este mês de Abril!
Duas vezes maldito...
Eu sei que cada um vai na sua vez,mas parece que alguns passam à frente de outros cedo demais.
Paz à sua alma.
A obra que deixa não vai fazer esquece-lo.
Ficamos todos ainda mais pobres...
Um Grande Homem partiu!
Paz á sua alma.
Felizes os que tiveram a sorte de com ele conviver e aprender.
Obrigado, pelo legado que nos deixa.
Um Homem fascinante que deixa uma obra notável.
Que descanse em Paz.
AC
Esta semana partiram três pessoas aqui do Porto que considerava bastante e que farão muita falta. Todos tinham 72-3 anos e viviam aqui bem perto. Estou desolada, confesso. Foi um mês horribilis.
Que descanse em paz!
Esta é chocante...
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