"... Esta arrogância socialista é um reflexo da velha tradição portuguesa que transforma a Verdade numa marquise do Poder. O PS não se concebe como um partido igual aos outros. O PS acha que é a Verdade do regime. O PS acha que é o senhorio da III República (os outros partidos são apenas inquilinos). Como é óbvio os socialistas que vivem neste caldo têm dificuldades em aceitar críticas. E acabam por pensar que os tribunais são apêndices czaristas que servem para impor a Verdade do Poder a quem recusa associar a Verdade ao Poder".
( extracto de um artigo de Henrique Raposo publicado no Expresso de 10/04/09)
Mudaria muito pouca coisa ao sentimento expresso neste texto. E, apesar de saber que o Poder exacerba, por norma, o lado menos bom de quem o exerce, não deixa de ser preocupante que se encare a cidadania nesta perspectiva. É claro, que também sei, que se fosse outra a côr política deste governo, a crítica poderia ser a mesma. E sei ainda que, com determinadas famílias políticas, o texto poderia, até, considerar-se light.
O que me aflige é que a política, corporizada naqueles que foram investidos, por delegação nossa, no seu exercício, possa justamente merecer tais comentários. E, pior, que eles sejam a razão que leva certas pessoas de extrema qualidade a não quererem, a nenhum título, envolver-se nela!
H.S.C
1 comentário:
Isso é facto. Tantos que seriam a possível saída deste estado de coisas se recusam a assumir o que seja de público, mantendo-se - críticos e vigilantes, porém - distanciados dessas lides demolidoras.
é uma gestão de 'condomínio' enfastiada e pastosa.
Quem está, quem fica, quem volta, quem imagina poder fazer diferente...
Cultura cívica, precisa-se.
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