Daí que o pior cálculo para o desemprego - 8,8% para este ano e 9% para o ano que vem - feito pela Comissão Europeia, esteja já muito provavelmente desfazado, acreditando-se que possa, mesmo, vir a rondar os 11%.
Esta percentagem não seria dramática - a Espanha já teve uma taxa superior - se outros factores de desenvolvimento não fossem também eles muito inquietantes. De facto, só para citar alguns, o crédito mal parado não para de crescer, o investimento não arranca e as exportações, com a crise internacional, perderam quota de mercado.
Só muito recentemente o governo aceitou esta realidade que levou meses a esconder, qualificando com epítetos desagradáveis aqueles que se atreviam a falar da situação económica do país. Em particular, claro, os economistas, vistos como aves de mau agoiro. Sei do que falo!
Vamos ter dois anos dificílimos. Que exigem medidas excepcionalmente corajosas. Mas, como tomá-las num ano de três eleições e quando o PS vê ameaçada a maioria absoluta?
H.S.C
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