quarta-feira, 10 de abril de 2024

AMOR NÃO CORRESPODIDO

O amor não correspondido é como uma sombra que paira sobre o coração, uma ferida invisível que dói mais do que qualquer outra. É a tristeza silenciosa que acompanha aquele que ama sem ser amado em retorno. É um labirinto de emoções onde a esperança e a desilusão dançam uma dança interminável.

Quando o coração se entrega sem reservas, quando os sentimentos fluem livremente, espera-se que o universo responda de volta com a mesma intensidade. Mas nem sempre é assim. Às vezes, o destino nos prega partidas cruéis, coloca-nos diante de alguém cujo coração não bate na mesma frequência que o nosso.

O amor não correspondido pode manifestar-se de várias formas. Pode ser aquele amigo que enxergamos como mais do que um amigo, mas que nunca nos vê da mesma maneira. Pode ser um amor platónico, aquele que nutrimos por alguém que está fora do nosso alcance. Ou pode ser até mesmo alguém que um dia nos amou, mas que, por razões que não compreendemos mais, deixou de nos amar.

A dor do amor não correspondido é única. É uma mistura de tristeza, frustração e uma sensação de vazio. É como se uma parte de nós estivesse faltando, como se a cor e a luz tivessem sido retiradas do nosso mundo.

Mas, apesar de toda a dor, há beleza no amor não correspondido. Há uma nobreza na capacidade de amar sem pedir nada em troca. Há coragem na vulnerabilidade de expor os nossos sentimentos, mesmo sabendo que podem não ser retribuídos. E há crescimento na aceitação de que nem todas as histórias de amor têm finais felizes.

No final das contas, o amor não correspondido ensina-nos a valorizar a nós mesmos. Ensina-nos a ser pacientes e resilientes. Ensina-nos que, embora não possamos controlar os sentimentos dos outros, podemos controlar como escolhemos lidar com os nossos próprios sentimentos.

E, talvez, um dia, quando olharmos para trás, perceberemos que o amor não correspondido foi apenas uma parte do nosso caminho, uma página no nosso livro de vida. Uma página marcada pela tristeza, sim, mas também pela coragem, pela esperança e pela capacidade de amar novamente, mesmo depois de termos sido esquecidos.

2 comentários:

Rita Roquette de Vasconcellos disse...

:-) é verdade...

Pedro Coimbra disse...

Tem aqui uma testemunha viva dessa realidade.
tive alguns amores não correspondidos.
Doeu, doeu muito.
E depois percebi que afinal não eram nada mais que apenas uma parte do caminho.